apoio cultural poderá ser realizado por entidades de direito privado e de direito público.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bahia tem o primeiro Conselho de Comunicação do país 25/11/2011 .

O governo da Bahia deu, nesta sexta-feira (25/11), mais um importante passo em direção à garantia do direito à comunicação da população, ao realizar a eleição dos representantes da sociedade civil para o Conselho Estadual de Comunicação Social, o primeiro no Brasil. Foram eleitas 20 entidades, sendo 10 do segmento empresarial e 10 do movimento social, que tomarão posse no dia 12 de dezembro, juntamente com os sete indicados pelo governo do Estado.


Conselho Estadual de Comunicação da Bahia


A Comissão Eleitoral apurou os votos e anunciou os eleitos ao final do dia
"Hoje tivemos a eleição de um fórum que reúne todos para discutir políticas públicas de comunicação na Bahia. Nós fomos os primeiros a fazer uma Conferência Estadual e também somos os primeiros a criar o Conselho de Comunicação com este formato de fórum de debates. O nosso objetivo é favorecer que todos que trabalham na área, sejam jornalistas, radialistas ou empresários, possam contribuir para que esta atividade econômica possa gerar emprego e renda para o nosso povo", comemorou o secretário de Comunicação da Bahia, Robinson Almeida.

Almeida ressaltou ainda que a filosofia da Secretaria de Comunicação é a mesma do governo, de participação popular e enfoque social. "Estamos tratando a área de comunicação com a mesma importância de outras, como cultura, ciência e tecnologia, saúde e educação. Como uma área que precisa da presença do Estado para produzir políticas de comunicação e o faz na forma de conferências, ouvindo a contribuição da sociedade, com um Conselho, onde os membros possam sugerir e opinar sobre os rumos da comunicação da Bahia", disse.

Marco histórico
A implementação do Conselho de Comunicação da Bahia está sendo amplamente comemorado pelos movimentos sociais. "A eleição de hoje coroa uma luta dos movimentos pela democratização da comunicação e é um marco histórico para a luta para garantir o direito á comunicação no país", destacou Emanoel Souza, representante da CTB no Conselho.

Presente nas discussões desde a 1ª Conferência e um dos membros do grupo de trabalho que elaborou o projeto do Conselho, Pedro Caribé, do Coletivo Intervozes, também comemorou mais uma etapa vencida. "A democracia não está só no Conselho implementado, mas como ele vai desenvolver até chegar a sua posse a sua execução. Então, o processo eleitoral é um elemento fundamental para legitimar toda a democracia para a gente na construção do Conselho. O desafio agora é permanecer este espírito de participação, de igualdade entre os setores. Só assim o Conselho terá uma legitimidade na sociedade e capacidade de intervenção como nós desejamos", acrescentou.


Entidades eleitas

O movimento social está muito bem representado no Conselho, através de entidades como a Rádio Comunitária Santa Luz, Vermelho, Cipó, Intervozes, Barão de Itararé, Renascer Mulher, UBM, CTB e Sinterp, como titulares. A suplência será ocupada pela Sintel, Abraço, Nego D'Água, Unegro, Idase, Arcaa, FNDC, CUT, UJS e Fetag.

No outro segmento estarão no Conselho a ABI, Facom-UFBA, TV Aratu, Grupo Tucano de Comunicação, ATarde, Rocha Propaganda e Marketing, OI, Uranus 5, ARX30 Produtora e o Bahia Notícias. Na suplência estão a OAB-Bahia, UNEB, TV Itabuna, Folha do Estado, Tempo Propaganda, Central de Outdoor, Malagueta Cinema e Vídeo, Sinditelebrás e Notícias do Sertão.

"Esta eleição foi um passo muito importante para a comunicação no estado, pois visa uma democratização dos meios e a melhoria da qualidade dos conteúdos. A Associação Vermelho participou ativamente dos debates, desde o início, e contribuiu bastante com o processo para se chegar a este Conselho. Agora temos a oportunidade de efetivamente tratar da comunicação como um direito humano", concluiu Fernando Udo, representante do Vermelho no Conselho.

 

Alvaro Britto

Jornalista e professor de Comunicação Social

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Última reunião da CPI confirma a necessidade de transparência na gestão do ECAD .

  17 Nov 2011
A Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar denúncias de irregularidades no Escritório de Arrecadação e Distribuição (ECAD), realizou sua última reunião nas regiões do Brasil. Nesta quarta-feira (16), foi realizada uma diligência na Assembléia Legislativa de Florianópolis em Santa Catarina. A reunião foi coordenada pelo senador Randolfe Rodrigues – presidente da CPI do Ecad – e durante quatro horas congregou artistas, representantes do ECAD, dos produtores culturais e representantes das rádios comunitárias em torno do tema.
A reunião foi pedida por requerimento da deputada estadual Ângela Albino (PCdoB – SC) que presidiu os trabalhos da reunião com Randolfe. Ela solicitou a entidade a criação de uma ouvidoria no estado para que autores e compositores possam formalizar suas criticas sobre o ECAD.
Randolfe Rodrigues ressalta que já é possível identificar muitos aspectos que terão de constar no relatório da Comissão, que pretende encerrar seus trabalhos no dia 8 de dezembro."Pelas reuniões que realizamos até o momento, nosso relatório terá de abordar pontos como o aumento da transparência e da fiscalização do direito autoral no Brasil, a defesa dos direitos de autores e compositores e a democratização do acesso às associações que quiserem integrar o sistema do Escritório. A diligência em Santa Catarina reafirmou essa idéia de garantir transparência" destacou o senador amapaense.
Para João Carlos Santin, representante da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária – Santa Catarina (Abraço-SC), é preciso que o ECAD faça uma diferenciação entre rádios comunitárias e comerciais. Ele cobrou do Estado o cumprimento do seu papel na fiscalização dos valores cobrados, arrecadados e distribuídos pelo ECAD. "Se o Estado não cumpre com sua função, que é garantir transparência de um órgão que arrecada pesadamente, ele não merece nosso respeito. Em Santa Catarina temos mais de 60 rádios efetivamente comunitárias e queremos coerência do ECAD".Os representantes da Abraço também relataram arbitrariedades por parte de fiscais do ECAD que em algumas ocasiões teriam feito cobrança de valores referentes a direito autoral com a presença de policiais.
O senador Randolfe Rodrigues pediu aos representantes da Abraço que enviem relatório à CPI sobre essas denúncias. Já a superintendente do ECAD em Santa Catarina, Gisele Pinto da Luz, afirmou que o valor entre rádios comunitárias e comerciais já é diferenciado. Afirmou também que desconhece os casos relatados pelos dirigente da Abraço. Dados fornecidos por ela apontam que a unidade de Santa Catarina é a 7ª em arrecadação no país, correspondendo a 4,7 % da arrecadação global da entidade, tendo como meta arrecadar mais de R$ 17 milhões neste ano.
O senador destacou a importância da CPI e deixou claro, mais uma vez, que a Comissão não é contra o ECAD e sim em defesa da garantia do direito dos autores e compositores. " Quanto mais transparência e democratização de acesso esse sistema oferecer, melhor será a proteção do direito autoral brasileiro. Essa CPI é para aperfeiçoar e defender direito autoral. Não é uma CPI contra e sim em favor do direito autoral.
Reformulação da lei – Outro participante da diligência foi Guilherme Coutinho, advogado e pesquisador do Grupo de Estudos de Direito Autoral e Informação da Universidade Federal de Santa Catarina. Coutinho também defendeu a reforma na Lei federal 9.610/98, que criou regras sobre os direitos autorais e pediu mais transparência no órgão. Com isso, segundo ele, seria possível evitar situações como o fato de alguns diretores de associações que compõem o ECAD estarem há quase 20 anos na diretoria dessas entidades; além disso, três das nove associações não possuem direito a voto. Ele criticou ainda o fato de que um estado como Santa Catarina, sétimo em arrecadação, não tenha um escritório próprio do ECAD, apenas agências terceirizadas.
A CPI – A CPI do ECAD foi instalada em 28 de junho de 2011 e tem previsão de terminar dia 8 de dezembro. Foram realizadas 17 Reuniões da Comissão, sendo 3 fora de Brasília; as cidades de Macapá, Salvador, Rio de Janeiro, representaram, respectivamente, as regiões Norte, Nordeste e Sudeste. Agora, Florianópolis encerra o ciclo pela região Sul. Participaram também da reunião Muriel Adriano da Costa autor, produtor fonográfico, músico, intérprete e agente da ABRAMUS/SC, Doreni Caramori Júnior, Presidente da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) e Luiz Carlos Laus de Souza, Regente Titular da Associação Coral de Florianópolis, representando a Ordem dos Músicos de Santa Catarina.
Blog do Randolfe
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Maninho Foto sempre na luta pela verdadeira Rádio Comunitária

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Plataforma para um novo Marco Regulatório das Comunicações no Brasil .

Este texto é fruto de debates acumulados ao longo das últimas décadas, em especial da I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), sistematizados no seminário Marco Regulatório – Propostas para uma Comunicação Democrática, realizado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), com a participação de outras entidades nacionais e regionais, em 20 e 21 de maio de 2011, no Rio de Janeiro. A Plataforma tem foco nas 20 propostas consideradas prioritárias na definição de um marco legal para as comunicações em nosso país. Ao mesmo tempo em que apresenta essas prioridades, este texto tem a pretensão de popularizar o debate sobre as bandeiras e temas da comunicação, normalmente restrito a especialistas e profissionais do setor. Essa é a referência que este setor da sociedade civil, que atuou decisivamente na construção da I Confecom, propõe para o conteúdo programático deste debate que marcará a agenda política do país no próximo período.

Por que precisamos de um novo Marco Regulatório das Comunicações?

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Há pelo menos quatro razões que justificam um novo marco regulatório para as comunicações no Brasil. Uma delas é a ausência de pluralidade e diversidade na mídia atual, que esvazia a dimensão pública dos meios de comunicação e exige medidas afirmativas para ser contraposta. Outra é que a legislação brasileira no setor das comunicações é arcaica e defasada, e não contempla questões atuais, como as inovações tecnológicas e a convergência de mídias. Além disso, a legislação é fragmentada, multifacetada, composta por várias leis que não dialogam umas com as outras e não guardam coerência entre elas. Por fim, a Constituição Federal de 1988 continua carecendo da regulamentação da maioria dos artigos dedicados à comunicação (220, 221 e 223), deixando temas importantes como a restrição aos monopólios e oligopólios e a regionalização da produção sem nenhuma referência legal, mesmo após 23 anos de aprovação. Impera, portanto, um cenário de ausência de regulação, o que só dificulta o exercício de liberdade de expressão do conjunto da população.

É preciso deixar claro que todos os principais países democráticos do mundo têm seus marcos regulatórios para a área das comunicações. Nesses países, a existência dessas referências não tem configurado censura; ao contrário, tem significado a garantia de maior liberdade de expressão para amplos setores sociais. Em todos estes países, inclusive, existem não apenas leis que regulam o setor, como órgãos voltados para a tarefa de regulação. No Brasil, a ausência deste marco legal beneficia as poucas empresas que hoje se favorecem da grave concentração no setor, e impede o pleno exercício do direito à comunicação e da liberdade de expressão pelos cidadãos e cidadãs, afetando a democracia brasileira.

Princípios e objetivos

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O novo marco regulatório deve garantir o direito à comunicação e a liberdade de expressão de todos os cidadãos e cidadãs, de forma que as diferentes ideias, opiniões e pontos de vista, e os diferentes grupos sociais, culturais, étnico-raciais e políticos possam se manifestar em igualdade de condições no espaço público midiático. Nesse sentido, ele deve reconhecer e afirmar o caráter público de toda a comunicação social.

Para isso, o Estado brasileiro deve adotar medidas de regulação democrática sobre a estrutura do sistema de comunicações, a propriedade dos meios e os conteúdos veiculados, de forma a:

§                       assegurar a pluralidade de ideias e opiniões nos meios de comunicação;

§                       promover e fomentar a cultura nacional em sua diversidade e pluralidade;

§                       garantir a estrita observação dos princípios constitucionais da igualdade; prevalência dos direitos humanos; livre manifestação do pensamento e expressão da atividade intelectual, artística e de comunicação, sendo proibida a censura prévia, estatal (inclusive judicial) ou privada; inviolabilidade da intimidade, privacidade, honra e imagem das pessoas; e laicidade do Estado;

§                       promover a diversidade regional, étnico-racial, de gênero, classe social e orientação sexual nos meios de comunicação;

§                       garantir a complementaridade dos sistemas público, privado e estatal de comunicação;

§                       proteger as crianças e adolescentes de toda forma de exploração, discriminação, negligência e violência;

§                       garantir a universalização dos serviços essenciais de comunicação;

§                       promover a transparência e o amplo acesso às informações públicas;

§                       proteger a privacidade das comunicações nos serviços de telecomunicações e na internet;

§                       garantir a acessibilidade plena aos meios de comunicação, com especial atenção às pessoas com deficiência;

§                       promover a participação popular na tomada de decisões acerca do sistema de comunicações brasileiro.

O marco regulatório deve abordar as questões centrais que estruturam o sistema de comunicações e promover sua adequação ao cenário de digitalização e convergência midiática, contemplando a reorganização dos serviços de comunicação a partir da definição de deveres e direitos de cada prestador de serviço. Sua estrutura deve responder a diretrizes que estejam fundadas nos princípios constitucionais relativos ao tema e garantam caráter democrático para o setor das comunicações.

Diretrizes fundamentais

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[contribua neste tópico se quiser sugerir diretrizes que não estão contempladas na Plataforma]

1) Arquitetura institucional democrática

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A organização do sistema nacional de comunicações deve contar com: um Conselho Nacional de Comunicação, com composição representativa dos poderes públicos e dos diferentes setores da sociedade civil (que devem ser majoritários em sua composição), com papel de estabelecer diretrizes normativas para as políticas públicas e regulação do setor; dois órgãos reguladores (sendo um para a área de conteúdo e outro para a área de distribuição e infraestrutura), subordinados ao Conselho Nacional de Comunicação, com poder de estabelecimento de normas infralegais, regulação, fiscalização e sanção; e o Ministério das Comunicações como instituição responsável pela formulação e implementação das políticas públicas. Estados e municípios poderão constituir Conselhos locais, que terão caráter auxiliar em relação ao Conselho Nacional de Comunicação, com atribuições de discutir, acompanhar e opinar sobre temas específicos, devendo seguir regras únicas em relação à composição e forma de escolha de seus membros. Deve também ser garantida a realização periódica da Conferência Nacional de Comunicação, precedida de etapas estaduais e locais, com o objetivo de definir diretrizes para o sistema de comunicação. Este sistema deve promover intercâmbio com os órgãos afins do Congresso Nacional – comissões temáticas, frentes parlamentares e o Conselho de Comunicação Social (órgão auxiliar ao Congresso Nacional previsto na Constituição Federal).

2) Participação social

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A participação social deve ser garantida em todas as instâncias e processos do sistema de mídia brasileiro, sendo assegurada a representação direta em instâncias de direção e consulta dos órgãos reguladores ou com papeis afins e a realização de audiências e consultas públicas para a tomada de decisões. Em consonância com o artigo 220 da Constituição Federal, a sociedade deve ter meios legais para se defender de programação que contrarie os princípios constitucionais, seja por meio de defensorias públicas ou de ouvidorias, procuradorias ou promotorias especiais criadas para este fim.

3) Separação de infraestrutura e conteúdo

A operação da infraestrutura necessária ao transporte do sinal, qualquer que seja o meio, plataforma ou tecnologia, deve ser independente das atividades de programação do conteúdo audiovisual eletrônico, com licenças diferenciadas e serviços tratados de forma separada. Isso contribui para um tratamento isonômico e não discriminatório dos diferentes conteúdos, fomenta a diversificação da oferta, e assim amplia as opções do usuário. As atividades que forem de comunicação social deverão estar submetidas aos mesmos princípios, independentemente da plataforma, considerando as especificidades de cada uma dessas plataformas na aplicação desses princípios.

4) Garantia de redes abertas e neutras

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A infraestrutura de redes deve estar sujeita a regras de desagregação e interconexão, com imposição de obrigações proporcionais à capacidade técnica e financeira de cada agente econômico. Os operadores de redes, inclusive os que deem suporte à comunicação social audiovisual eletrônica, devem tratar os dados de forma neutra e isonômica em relação aos distintos serviços, aos programadores e a outros usuários, sem nenhum tipo de modificação ou interferência discriminatória no conteúdo ou na velocidade de transmissão, garantindo a neutralidade de rede. O uso da infraestrutura deve ser racionalizado por meio de um operador nacional do sistema digital, que funcionará como um ente de gerenciamento e arbitragem das demandas e obrigações dos diferentes prestadores de serviço, e deverá garantir o caráter público das redes operadas pelos agentes privados e públicos, sejam elas fixas ou sem fio.

5) Universalização dos serviços essenciais

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Os serviços de comunicação considerados essenciais, relacionados à concretização dos direitos dos cidadãos, devem ser tratados como serviços públicos, sendo prestados em regime público. No atual cenário, devem ser entendidos como essenciais a radiodifusão, os serviços de voz e especialmente a infraestrutura de rede em alta velocidade (banda larga). Enquadrados dessa forma, eles estarão sujeitos a obrigação de universalização, chegando a todos os cidadãos independentemente de localização geográfica ou condição socioeconômica e deverão atender a obrigações tanto de infraestrutura quanto de conteúdo, tais como: prestação sem interrupção (continuidade), preços acessíveis (no caso dos serviços pagos), neutralidade de rede, pluralidade e diversidade de conteúdo, e retorno à União, após o fim do contrato de concessão, dos bens essenciais à prestação do serviço. Esse é o melhor formato, por exemplo, para garantir banda larga barata, de qualidade e para todos.

6) Adoção de padrões abertos e interoperáveis

Os serviços e tecnologias das redes e terminais de comunicações devem estar baseados em padrões abertos e interoperáveis, a fim de garantir o uso democrático das tecnologias e favorecer a inovação. Padrões abertos são aqueles que têm especificação pública, permitem novos desenvolvimentos sem favorecimento ou discriminação dos agentes desenvolvedores e não cobram royalties para implementação ou uso. Interoperáveis são aqueles que permitem a comunicação entre sistemas de forma transparente, sem criar restrições que condicionem o uso de conteúdos produzidos à adoção de padrão específico.

7) Regulamentação da complementaridade dos sistemas e fortalecimento do sistema público de comunicação

Nas licenças para programação, o novo marco regulatório deve garantir a complementaridade dos sistemas público, privado e estatal de comunicação, regulamentando o artigo 223 da Constituição Federal. Por sistema público, devem ser entendidas as programadoras de caráter público ou associativo, geridas de maneira participativa, a partir da possibilidade de acesso dos cidadãos a suas estruturas dirigentes e submetidas a regras democráticas de gestão. O sistema privado deve abranger todos os meios de entidades privadas em que a natureza institucional e o formato de gestão sejam restritos, sejam estas entidades de finalidade lucrativa ou não. O sistema estatal deve compreender todos os serviços e meios controlados por instituições públicas vinculadas aos poderes do Estado nas três esferas da Federação. Para cada um dos sistemas, devem ser estabelecidos direitos e deveres no tocante à gestão, participação social, financiamento e à programação. A cada um deles também serão asseguradas cotas nas infraestruturas de redes dedicadas ao transporte de sinal dos serviços de comunicação social audiovisual eletrônica, de forma a atingir a complementaridade prevista na Constituição Federal. Deve estar previsto especialmente o fortalecimento do sistema público, com reserva de ao menos 33% dos canais para esta categoria em todos os serviços, políticas de fomento – em especial pelo incremento da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública – e o fortalecimento da rede pública, em articulação com todas as emissoras do campo público, com a constituição de um operador de rede que servirá também de modelo para a futura evolução de toda a comunicação social eletrônica brasileira. Deve ainda ser reforçado o caráter público da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), por meio da ampliação de sua abrangência no território nacional, democratização de sua gestão, garantia de participação popular nos seus processos decisórios, ampliação das fontes fixas de financiamento e da autonomia política e editorial em relação ao governo.

8) Fortalecimento das rádios e TVs comunitárias

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A nova legislação deve reconhecer efetivamente e fortalecer os meios comunitários, entendidos como rádios e TVs de finalidade sócio-cultural geridos pela própria comunidade, sem fins lucrativos, abrangendo comunidades territoriais, etno-linguísticas, tradicionais, culturais ou de interesse. Por ter um papel fundamental na democratização do setor, eles devem estar disponíveis por sinais abertos para toda a população. Os meios comunitários devem ser priorizados nas políticas públicas de comunicação, pondo fim às restrições arbitrárias de sua cobertura, potência e número de estações por localidade, garantido o respeito a planos de outorgas e distribuição de frequências que levem em conta as necessidades e possibilidades das emissoras de cada localidade. Devem ser garantidas condições de sustentabilidade suficientes para uma produção de conteúdo independente e autônoma, por meio de anúncios, publicidade institucional e de financiamento por fundos públicos. É também fundamental o fim da criminalização das rádios comunitárias, garantindo a anistia aos milhares de comunicadores perseguidos e condenados pelo exercício da liberdade de expressão e do direito à comunicação.

9) Democracia, transparência e pluralidade nas outorgas

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As outorgas de programação de rádio e serviços audiovisuais, em qualquer plataforma, devem garantir em seus critérios para concessão e renovação a pluralidade e diversidade informativa e cultural, sem privilegiar o critério econômico nas licitações, e visar à complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal. A responsabilidade pelas concessões e pelo processo de renovação deve ser dos órgãos reguladores e do Conselho Nacional de Comunicação, garantida a transparência e a participação social. Os processos de renovação não devem ser realizados de forma automática, cabendo uma análise do cumprimento das obrigações quanto à programação – especialmente aquelas previstas no artigo 221 da Constituição Federal – e da regularidade trabalhista e fiscal do prestador de serviço. Deve-se assegurar a proibição de transferências diretas ou indiretas dos canais, bem como impedir o arrendamento total ou parcial ou qualquer tipo de especulação sobre as frequências.

10) Limite à concentração nas comunicações

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A concentração dos meios de comunicação impede a diversidade informativa e cultural e afeta a democracia. É preciso estabelecer regras que inibam qualquer forma de concentração vertical (entre diferentes atividades no mesmo serviço), horizontal (entre empresas que oferecem o mesmo serviço) e cruzada (entre diferentes meios de comunicação), de forma a regulamentar o artigo 220 da Constituição Federal, que proíbe monopólios e oligopólios diretos e indiretos. Devem ser contemplados critérios como participação no mercado (audiência e faturamento), quantidade de veículos e cobertura das emissoras, além de limites à formação de redes e regras para negociação de direitos de eventos de interesse público, especialmente culturais e esportivos. Associações diretas ou indiretas entre programadores de canais e operadores de rede devem ser vetadas.

11) Proibição de outorgas para políticos

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O marco regulatório deve reiterar a proibição constitucional de que parlamentares em exercício de mandato possam ser donos de meios de comunicação concessionários de rádio e TV, e deve estender essa proibição a cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive.

12) Garantia da produção e veiculação de conteúdo nacional e regional e programação independente

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É preciso regulamentar o artigo 221 da Constituição Federal, com a garantia de cotas de veiculação de conteúdo nacional e regional onde essa diversidade não se impõe naturalmente. Esses mecanismos se justificam pela necessidade de garantir a diversidade cultural, pelo estímulo ao mercado audiovisual local e pela garantia de espaço à cultura e à língua nacional, respeitando as características etno-linguísticas do país. O novo marco deve contemplar também mecanismos que fortaleçam e garantam espaço à programação independente, por meio da diversificação dos produtores com acesso a meios de distribuição e veiculação de conteúdo. Essa medida, ao mesmo tempo, combate a concentração econômica e promove a diversidade de conteúdo.

13) Promoção da diversidade étnico-racial, de gênero, de orientação sexual, de classes sociais e religiosa

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Devem ser instituídos mecanismos para assegurar que os meios de comunicação: a) garantam aos diferentes gêneros, raças e etnias, orientações sexuais, classes sociais e religiões que compõem o contingente populacional brasileiro espaço coerente com a dimensão de sua representação na sociedade; b) promovam espaços para manifestação de diversas organizações da sociedade civil em sua programação.

14) Criação de mecanismos de responsabilização das mídias por violações de direitos humanos

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Conforme previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos, a lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência. Assim, o novo marco deve garantir mecanismos de defesa contra programação que represente a violação de direitos humanos ou preconceito contra quaisquer grupos, em especial os oprimidos e marginalizados, o estímulo à violência, a ofensa e danos pessoais e a invasão de privacidade, de acordo com a Constituição Federal. Nas concessões públicas, deve ser proibido o proselitismo político e religioso ou de qualquer opção dogmática que se imponha como discurso único e sufoque a diversidade.

15) Aprimoramento de mecanismos de proteção às crianças e aos adolescentes

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O Brasil já conta com alguns mecanismos de proteção às crianças e aos adolescentes no que se refere à mídia, que se justificam pela vulnerabilidade deste segmento. Estes mecanismos devem contar com os seguintes aprimoramentos: a) extensão da Classificação Indicativa existente para a TV aberta, definida por portaria, para outras mídias, especialmente a TV por assinatura; seu cumprimento deve ser garantido em todas as regiões do país, com a ampliação da estrutura de fiscalização; b) instituição de mecanismos para assegurar que os meios de comunicação realizem programação de qualidade voltada para o público infantil e infanto-juvenil, em âmbito nacional e local; c) aprovação de regras específicas sobre o trabalho de crianças e adolescentes em produções midiáticas; d) proibição da publicidade dirigida a crianças de até 12 anos. Todas essas medidas devem ter como referência o previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, no Código de Defesa do Consumidor e em convenções internacionais relativas ao tema.

16) Estabelecimento de normas e códigos que objetivem a diversidade de pontos de vista e o tratamento equilibrado do conteúdo jornalístico

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O conteúdo informativo de caráter jornalístico deve estar sujeito a princípios que garantam o equilíbrio no tratamento das notícias e a diversidade de ideias e pontos de vista, de forma a promover a liberdade de expressão. Essas regras são fundamentais para garantir a democracia na comunicação, e devem ser cuidadosamente trabalhadas para ampliar, e não restringir, as fontes de informação.

17) Regulamentação da publicidade de bebidas, alimentos, medicamentos e tabaco

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Como previsto na Constituição Federal, a publicidade de tabaco, bebidas alcoólicas (incluindo a cerveja), agrotóxicos, medicamentos e terapias deverá estar sujeita a restrições legais, principalmente nos horários de programação livre. Deve-se também restringir a publicidade de alimentos não-saudáveis, com a definição de horários inadequados à veiculação e a divulgação dos danos desses produtos à saúde.

18) Definição de critérios legais e de mecanismos de transparência para a publicidade oficial

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Devem ser definidos critérios isonômicos que evitem uma relação de pressão dos governos sobre os veículos de comunicação ou destes sobre os governos. Os critérios para a distribuição dos recursos devem levar em conta a eficácia do investimento em relação à visibilidade, à promoção da diversidade informativa e à indução da desconcentração dos mercados de comunicação. A distribuição das verbas governamentais deve ser transparente, com mecanismos de acompanhamento por parte da sociedade do volume de recursos aplicados e dos destinatários destes recursos, e deve levar em conta os três sistemas de comunicação – público, privado e estatal.

19) Fomento a infraestrutura e conteúdos nacionais

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O marco regulatório deve prever os seguintes instrumentos de fomento relacionados às comunicações: a) política de apoio à tecnologia nacional por meio de pesquisa e desenvolvimento, fomento, indução e compra de componentes, produtos e aplicativos sustentados nesse tipo de tecnologia; b) políticas de fomento à produção, distribuição e acesso a conteúdo nacional independente, com a democratização regional dos recursos, desconcentração dos beneficiários e garantia de acesso das mulheres e da população negra à produção de conteúdo; c) política de apoio ao sistema público de comunicação e às mídias públicas, por meio de fundos públicos com critérios transparentes e gestão democrática.

20) Leitura e prática críticas para a mídia

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A leitura e a prática críticas da mídia devem ser estimuladas por meio das seguintes medidas: a) inclusão do tema nos parâmetros curriculares do ensino fundamental e médio; b) incentivo a instituições que produzam e sistematizem conteúdo sobre a educação para a mídia; c) incentivo a que os próprios meios de comunicação tenham observatórios e espaços de discussão e crítica da mídia, como ombudsmen e programas temáticos.

Observações

1 Contribuição - contribua também

Essas diretrizes contemplam os temas cuja nova regulamentação é premente. Há ainda outros temas ligados ao setor das comunicações ou com incidência sobre ele que devem ser tratados por mecanismos específicos, como a reforma da Lei de Direitos Autorais, o Marco Civil da Internet e a definição de uma Lei de Imprensa democrática, que contemple temas como o direito de resposta e a caracterização dos delitos de opinião (injúria, calúnia e difamação), sempre com base nos princípios e objetivos citados neste documento.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

1º Encontro Mundial de Blogueiros acontece de 27 a 29 de outubro em Foz do Iguaçu-PR .

21/09/2011 Evento terá como tema “O papel das novas mídias na construção da democracia”
Escrito por: Barão de Itararé

Com o objetivo de valorizar as novas mídias e os canais de comunicação online que surgem a cada dia em todo o mundo,contribuindo para fortalecer a democracia e reduzir o poder do império midiático tradicional, a Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) e o Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, com o apoio institucional da Itaipu Binacional, promovem o 1º Encontro Mundial de Blogueiros, com o tema “O papel das novas mídias na construção da democracia”, de 27 a 29 de outubro de 2011, em Foz do Iguaçu, Paraná (BR).

Para se inscrever é fácil. Basta acessar a página do 1º Encontro Mundial de Blogueiros e clicar no menu inscrição, preencher a ficha e efetuar o pagamento no valor de R$ 100,00, que pode ser feito através do Pague Seguro, ou por depósito bancário na conta do Banco do Brasil – agência 4300-1, conta corrente – 50142-5, em nome de Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Em seguida, enviar o comprovante do depósito para o endereço eletrônico – contato@baraodeitarare.org.br. Pelo Pague Seguro não é necessário enviar o comprovante. Estudantes pagam meia.
As inscrições e acertos de viagem e hospedagem devem ser feitos no site oficial. As vagas são limitadas e o prazo de inscrição se encerra em 20 de outubro.
Não deixe de participar e ajude a divulgar este importante evento.

Programação

27 de outubro – quinta-feira:

17 horas – Início do credenciamento;

19 horas – abertura oficial com a presença de autoridades e promotores do evento;
28 de outubro – sexta-feira:
9 horas – Debate: “O papel das novas mídias”

- Ignácio Ramonet – criador do Le Monde Diplomatique e autor do livro “A explosão do jornalismo”;

- Kristinn Hrafnsson – porta-voz do WikiLeaks [*];

- Dênis de Moraes – organizador do livro “Mutações do visível: da comunicação de massa à comunicação em rede”;

* Mesa dirigida por Natalia Vianna (Agência Pública) e Tatiane Pires (blogueira do RS);
14 horas – Painel: “Experiências nos EUA e Europa”

- Amy Gooldman (EUA) – responsável pela rede Democracy Now;

- Pascual Serrano (Espanha) – blogueiro e fundador do sítio Rebelion;

- Richard Barbrooke – jornalista da Rússia [*];

* Mesa dirigida por Renata Mielli (Barão de Itararé) e Maria Inês Nassif (Carta Maior).
16 horas – Painel: “Experiências na Ásia e África”.

- Ahmed Bahgat – blogueiro do Egito;

- Nadine Mo’wwad – blogueira do Líbano [*];

- Pepe Escobar – jornalista e colunista do sítio Ásia Times Online;

* Mesa dirigida por Sérgio Telles (blogueiro RJ) e Leandro Fortes (CartaCapital);
Dia 29 de outubro – sábado
9 horas – Painel: “Experiências na América Latina”.

- Iroel Sanchez – blogueiro cubano da página La Pupila Insomne:

- Blanca Josales – secretária de redes sociais do governo do Peru;

- Martin Becerra – blogueiro da Argentina;

* Mesa dirigida por Sérgio Bertoni (blogueiro PR) e Cido Araújo (blogueiro SP);
14 horas – Painel: “As experiências no Brasil”

- Emir Sader – blogueiro e articulista do sítio Carta Maior;

- Luis Nassif – criador do blog do Nassif;

- Esmael Moraes – criador do blog do Esmael.

- Conceição Oliveira – criadora do blog Maria Frô e tuiteira.

* Mesa dirigida por Daniel Bezerra (blogueiro CE) e Altino Machado (blogueiro AC).
16 horas – Debate: A luta pela liberdade de expressão e pela democratização da comunicação.

– Paulo Bernardo – ministro das Comunicações do Brasil [*];

- Jesse Chacón – ex-ministro das Comunicações da Venezuela;

- Damian Loreti – integrante da comissão que elaborou a Ley de Medios na Argentina;

* Mesa dirigida por Joaquim Palhares e Altamiro Borges.
18 horas – Ato de encerramento.

- Aprovação da Carta de Foz do Iguaçu (propostas e organização).
[*] Os nomes com asterisco ainda não foram confirmados.
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Alvaro Britto

Jornalista e professor de Comunicação Social

domingo, 4 de setembro de 2011

Abraço Nacional faz Assembléia histórica em Brasília .

29 / 06 / 2011, 19:44

Após a realização do VII Congresso Nacional e de Assembléia Geral Ordinária – AGO, em janeiro deste ano, com a participação de cerca de 500 radialistas comunitários, dirigentes de Radcom de 23 estados, a Abraço Nacional realizou uma Assembleia Geral Extraordinária nos dias 18 e 19 de junho, também em Brasília, com a participação da maioria das abraços estaduais filiadas. A Assembléia Geral iniciou-se no sábado (18), com a mesa composta pelo Coordenador das regionais José Moreira (Foto – à esquerda), o Coordenador de  Organização e Mobilização, RicardoCampos (Foto – Centro) e a Coordenadora de Gênero e Etnia, Kamayura Saldanha (Foto- à direita).

Criação de Comissões

A formação das comissões foi uma das primeiras definições da assembléia. Foram criadas a Comissão de Negociação junto ao Ministério das Comunicações com a participação de José Luiz do Nascimento Sóter, Kamayura Maria de Fátima Belforte Almeida Saldanha; João Carlos Santin, pela Executiva Nacional e Divino Cândido, Valdeci Borges e Clementino Lopes, pelas estaduais.
A Comissão para tratar junto ao MEC da criação dos cursos de radialistas comunitários nas escolas técnicas federais contará com a participação de Roberto Amorim, Alan Gularte Camargo, Jose Moreira, Roberto Rômulo de Melo Gadelha, Inês Leodete Fortes Pereira, Ismar Capistrano, Hugo Tavares Dutra e Mauricio Medeiros.
Já a Comissão de Formação, será composta por Alan Camargo, Coordenador de Formação; Ismar Capistrano; Coordenador da Escola de Formação; João Carlos Santin, Coordenador Jurídico e Estudos Socio-econômicos; Marcos Antônio da Silva, Coordenador de Finanças; Sergio Luis Lira Ximenes, Coordenador de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Inês Leodete Fortes Pereira.

O Novo Mapa da Abraço no Brasil

Foi debatida a estruturação das Abraços estaduais por Meso e Microrregiões, com base na divisão geopolítica adotada pelo IBGE. Dessa maneira será possível a realização de pequenas adaptações especificas de cada estado, que não descaracterizem os mapas adotados para a definição de indicadores sociais e implementação de políticas públicas. Cada mesorregião será denominada ABRAÇO UF REGIONAL TAL e contará com uma Executiva regional de 05 (cinco) membros e uma coordenação regional acrescida dos coordenadores das microrregionais, e cada microrregião será denominada ABRAÇO UF MR-NOME DA MICRO.

CNPJ único no estado

A Assembléia Geral decidiu também, que não poderá haver mais de uma personalidade jurídica por estado submetendo todas as regionais e microrregionais ao CNPJ estadual. Nos estados em que já existem coordenações regionais com personalidade jurídica própria, a mesma deverá ser desconstituída até dezembro de 2011 e os estados que ainda não organizaram as suas regionais e microrregionais, tem prazo para fazê-lo até dezembro de 2011 sob o acompanhamento de uma Comissão Nacional, formada por Jose Luiz do Nascimento Sóter, José Moreira da Silva e Kamayura Maria de Fátima Belforte Almeida Saldanha.

AGENCIA ABRAÇO

A Assembleia referendou a AGENCIA ABRAÇO, com indicações técnicas para a sua direção por parte da Coordenação Executiva o que também foi tópico importante da reunião. Neste caso, as estaduais indicam os Gerentes e equipes Estaduais; e as prestações de contas deverão ser feitas anualmente à Direção Executiva Nacional.
Os repasse financeiros e patrimoniais feitos da Agência para a Abraço Nacional serão contabilizadas como doações.  Deverá também ser realizado um Seminário sobre a estruturação da Agencia e sobre Produção e Distribuição de conteúdos com a participação da coordenação de comunicação de cada estadual. Um técnico de comunicação com experiência em agencias de comunicação que será responsável pela implantação da Gerência Estadual, também deverá ser incluído.

Consultoria Jurídica em Brasília

Foi aprovada a estruturação da Consultoria Jurídica em Brasília, vinculada à Coordenação Jurídica Nacional e à Direção Executiva Nacional e o convite ao Advogado Dr.Joaquim Carlos Carvalho para compor essa Consultoria. Também foi decidida a convocação de um seminário jurídico nacional para tratar sobre ECAD, Bolo publicitário público, anistia com reparação e elaboração de uma cartilha jurídica.

Fomento e publicidade pública

Aprovar a luta por fomento público também foi citada. A agência pública, com repasse de 20% das verbas publicitárias para a rádios comunitárias e encaminhar ações no sentido de tentar acrescentar no PPA e na LDO federal, estadual e municipal o termo,inclusive rádios comunitárias.  A Assembléia decidiu continuar o empenho junto à Secom para a liberação imediata da participação das Radcom nas verbas do Governo Federal.

Prestação de contas e Seminário de Gestão

As contas do último exercício foram aprovadas e ficou definida a contribuição mensal das filiadas no valor de R$350,00 (trezentos e cinqüenta reais) para pagamento até o dia 10 de agosto de 2011, via boleto bancário.  Exceto os estados de Goiás, Paraíba e Pernambuco com inicio para 10/09/2011.  Sendo condição de garantia de participação nas atividades desenvolvidas pela Abraço Nacional e aprovar a realização de um Seminário sobre Gestão de Radio Comunitária e data e local a serem definidos pela Coordenação de Finanças.

Proposta Pedagógica

Foi remetida para a Comissão de Formação a elaboração de uma proposta pedagógica para a formação de gestores e formação técnica.   Assim com base em proposta apresentada pela Coordenação de Formação e Inovação Tecnológica e o estabelecimento de parcerias com escolas técnicas e instituições de ensino superior.
Outro objetivo tratado foi definir a formação técnica como aperfeiçoamento.  Não é condição para ser radialista comunitário. É preciso implementar cursos modulares presenciais e por plataformas de EaD.

Estatutos

A Age decidiu aprovar a convocação de uma Assembleia Geral Estatutária para a adequação com as resoluções do VII Congresso que criou as Coordenações de Gênero e Etnia e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a partir de proposta elaborada pela Comissão Estatutáriacomposta por Inês Leodete Fortes, Geremias Santos, João Carlos Santin, José Moreira da Silva e José Luiz do Nascimento Sóter, em local e data e serem definidos;

Dia Nacional de lutas

Outra decisão importante foi convocar o DIA NACIONAL DE LUTAS DAS RADIOS COMUNITÁRIAS para o dia 25 de agosto. A data foi definida como um dia de mobilização anual, em que todas as abraços estaduais e suas emissoras filiadas deverão promover atividades de mobilização e sensibilização da sociedade para as questões relativas à radiodifusão comunitária.

Sobre a AMARC-Brasil

A Assembléia Geral, aprovou o não reconhecimento da AMARC-Brasil como entidade que represente as rádios comunitárias brasileiras. Assim então, iniciar articulação de uma entidade internacional de representação das radcom.

Equipamentos apreendidos pela PF
Por decisão da AGE a Abraço deverá promover uma ação jurídica visando a devolução dos equipamentos apreendidos pela Policia Federal.
Consulta pública
Também foi feito um plano para orientar as rádios filiadas a participarem da Consulta Pública, promovida pelo Ministério das Comunicações para alterar a Norma Complementar 01/2004, que tem prazo até o dia 6 para receber as

terça-feira, 30 de agosto de 2011

CARTA ABERTA : (ABRAÇO)

 (  ÀS AUTORIDADES E SOCIEDADE BRASILEIRA )

A ABRAÇO completa 15 anos de luta contra o monopólio da comunicação, pela desprivatização do Ministério das Comunicações e pela consolidação de um sistema público de comunicação, hoje essencialmente representado pelas Rádios Comunitárias.

O direito à comunicação está garantido na Constitucional Federal e é um direito universal.  O Estado brasileiro precisa interromper sua prolongada omissão. Deve investir RESPONSAVELMENTE em reformas estruturais que garantam o fortalecimento da democracia.  Além das reformas política, administrativa e tributária, aABRAÇO e as Rádios Comunitárias exigem que o Governo Federal discuta com todos os setores da sociedade um projeto democrático para a elaboração de um Marco Regulatório das Comunicações. Um exemplo a ser seguido é o da Argentina, onde o gabinete presidencial recebeu o empresariado e trabalhadores, até chegar a uma proposta de lei para a comunicação do país vizinho. 

Há que se ter igualdade de direitos também na área da comunicação, sob pena de o Brasil persistir na contradição secular da Casa Grande e Senzala.

As Rádios Comunitárias entram neste seara, não apenas como agentes de transformação social, mas essencialmente como meios de aceleração deste processo. São mais de 5 mil outorgas, inseridas em todos e mais longínquos recantos deste País.  Por esta razão, e por representarem em sua concepção, a democracia por excelência, com a participação e agregação de toda uma comunidade pelo bem comum, exigimos maior atenção e respeito do Poder Público, principalmente na questão da sustentabilidade e capacitação dos que direta e indiretamente estão inseridos neste sistema comunitário e público, observando-se, de forma imediata, as seguintes reivindicações, sem abdicarmos das demais, inclusive 100% ratificadas pela 1ª Conferência Nacional de Comunicação:

1.      Revogação do Ato 4100 da ANATEL, publicado no dia 15 de junho de 2011 no Diário Oficial da União, que ajusta 375 Rádios Comunitárias nos canais abaixo do 200, tirando-as do dial; 

2.       Repasse das campanhas dos governos federal, Estadual e Municipal;

3.       Audiência pública nos estados para resolver os choques de freqüência;

4.      Concessão de três Canais alternativos entre 88-108, respeitando a freqüência de 104,9 como padrão nacional;

5.       Desarquivamento dos processos que estão sendo criminalizados por conta de um famigerado Termo de Ajuste de Conduta elaborado entre MC e MPF. O referido acordo tem negado a outorga de emissoras que foram flagradas em operação sem autorização por conta da lentidão do MC;

6.       Revogação das multas decorrentes de apoio cultural e fim da indústria de multas;
7.      Financiamento público às rádios comunitárias e o imediato cumprimento do art. 20 da Lei 9.612/98!

Brasil,  24/25 de agosto de 2011 -  15 ANOS DE LUTA – DIA NACIONAL DE MOBILICAÇÃO DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS

 Fonte: Abraço RS, por Daniel Hammes.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Lista de alguns politicos que tem rádios e tv.Vamos denunciar no MP

Lista dos politicos que tem rádios e tv .

Qualquer pessoa ou entidade pode enviar ao Ministério Público Federal uma denúncia noticiando ilícitos, irregularidades, lesões ou ameaças a direitos. A denúncia apresentada, contudo, somente terá seguimento, ou seja, será objeto de investigação e atuação do Ministério Público Federal http://www.prsp.mpf.gov.br/aplicativos/digi-denuncia

 

Senadores

 

Alberto Silva (PMDB-PI)Rede JHJ de Radiodifusão FM, de Parnaíba

Antonio Carlos Magalhães (morreu) (PFL-BA)Empresa Televisão Bahia,TV SubaRádio Antena 1, de Ribeira do Pombal AM.Televisão Conquista, de Vitória da Conquista

Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)Empresa Sergipana de Radiodifusão FM, de Simão Dias

Garibaldi Alves (PMDB-RN)Rádio Cabugi do Seridó,Rádio Jardim do Seridó AM, Televisão Cabugi,Rádio Baixa verde AM, de João Câmara União Caxeiral AM, de Lajes,Rádio Difusora AM, de Mossoró,Rádio Cabugi AM, de Natal.Rádio Santa Cruz AM, de Santa Cruz.Rádio Trampolim da Vitória FM, de Parnamirim,TV Ponta Negra, de Natal,TV Cabuginet Comunicações, de Natal

César Borges (PFL-BA)Rádio Rio Novo FM, de Ipiau,Rádio Aimoré FM, de Piritiba

Edison Lobão (PFL-MA)Rádio Guarajara, de Barra do Corda,Rádio Imperatriz Sociedade AM,Rádio e TV Difusora AM, FM, OT e TV de São Luís

Efraim Morais (PFL-PB)Rádio Vale do Sabugi FM, de Santa Luzia

Fernando Collor (PRTB-AL)Rádio Clube de Alagoas,TV Gazeta,Rádio Gazeta

João Tenório (PSDB-AL)TV Pajuçara,TV Gazeta,Rádio Jornal de Hoje FM, de Maceió

José Agripino (PFL-RN)Rádio Ouro Branco,Rádio Santa Cruz,Rádio Libertadora, Tropical Comunicações,Radio Libertadora Mossoerense,Trairy Ltda.

José Maranhão (PMDB-PB)Rádio Serrana, de Araruna,Rádio Serrrana AM, de Ararauna

Mão Santa (PMDB-PI)Rádio Iguaçu AM, de Parnaíba

Maria do Carmo Alves (PFL-SE)Rádio Jornal de Estância FM,Rádio Jornal de Sergipe AM, de Aracaju,Rádio e Televisão Aracaju FM,Rádio Jornal de Própria FM

Reginaldo Duarte (PSDB-CE)Rádio Vale do Cariri AM e FM, de Juazeiro do Norte

Roseana Sarney (PFL-MA)TV Mirante,Rádio Mirante,Rádio Interior AM, de Caxias, Rádio Interior AM, de Pinheiro,Rádio Mirante do Maranhão AM, de Imperatriz,Rádio Mirante do Maranhão FM, de Timon,Rádio Difusora FM, de Timon,TV Itapicuru, de Codó,TV Mirante do Maranhão, de Imperatriz

Tasso Jereissati (PSDB-CE)Jangadeiro Comunicações,TV Jangadeiro

 José Sarney (PMDB-AP)TV Mirante,Rádio Mirante,Rádio Interior AM, de Caxias (MA),Rádio Interior AM, de Pinheiro (MA),Rádio Mirante do Maranhão AM, de Imperatriz (MA),Rádio Mirante do Maranhão FM, de Timon (MA),Rádio Difusora de Timon FM,TV Itapicuru, de Codó (MA),TV Mirante do Maranhão, de Imperatriz (MA)

Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)Rede Tropical de Comunicação FM, de Boa Vista,TV Rede Tropical de Comunicação

Romero Jucá (PMDB-RR)Serra Negra Radiodifusão FM, de Bezerros (PE)

Antero Paes de Barros (PSDB-MT)Rede JHJ FM, de Parnaíba (PI)

Jayme Campos (PFL-MT)Rádio Indústria, de Várzea Grande

Eduardo Azeredo (PSDB-MG)Rádio Montense, de Santo Antônio do Monte

Marcelo Crivella (PRB-RJ)TV Cabrália, em Itabuna (BA),TV Record de Franca (SP)

Wellington Salgado (PMDB-MG)Rede Vitoriosa de Comunicações,Rádio Hit-Parade

Flávio Arns (PT-PR)Jornal O Rebate,Sociedade Radiodifusora Eldorado Catarinense, de Criciúma,Rádio Hulha Negra AM, de Criciúma,Rádio Floresta Verde AM, de Joinville,Rádio Guararema AM, de São José (SC),Sistema Interativo de Comunicação FM, de Araranguá,Rádio Som Maior FM, de Criciúma

Jorge Bornhausen (PFL-SC)Rádio Difusora AM, de Itajaí

Leonel Pavan (PSDB-SC)Radiodifusão Rodesindo Pavan, de Balneário Camboriú

DEPUTADOS FEDERAIS

Fábio Souto (PFL-BA)Camacanense de Rádio de Difusão Ltda

José Rocha (PFL-BA)Rádio Rio Alegre Radiodifusão,Rádio Rio Corrente

Jusmari Oliveira (PFL-BA)Rádio Cidade, de Luiz Eduardo Magalhães

Marcos Medrado (PDT-BA)Rádio Cidade de Itapetinga,Rádio Clube de Valença, Rádio Valença FM

Roberto Britto (PP-BA)Rádio Cidade Sol

Aníbal Gomes (PMDB-CE)Rádio Difusora Vale do Acaraú

José Gerardo (PMDB-CE)Rádio Metropolitana de Fortaleza,Rádio Caiçara

 Léo Alcântara (PSDB-CE)Rádio São Gonçalo FM

Manoel Salviano (PSDB-CE)Rádio Progresso, de Juazeiro do Norte,Rádio Vale do Cariri, de Juazeiro do Norte

Mauro Benevides (PMDB-CE)Rádio Club

Carlos Brandão Jr (PSDB-MA)Rádio e Televisão Nova Era Ltda

José Sarney Filho (PV-MA)TV Mirante,Rádio Mirante

Pedro Fernandes (PTB-MA)Rádio Difusora, de Mossoró,Sistema Maranhense de Radiodifusão

Armando Abílio (PSDB-PB)Rádio Esperança,Rádio Cidade de Esperança

Damião Silva (PL-PB)Sistema Rainha de Comunicação,Rádio Santa Rita

Marcondes Gadelha (PTB-PB)Rádio Jornal de Sousa,Sistema Regional de Comunicação

Edgar Moury (PMDB-PE)Globo Cabo

Inocêncio Oliveira (PL-PE)Rede Nordeste de Comunicação Ltda (TV Asa Branca), de Caruaru,Rádio A Voz do Sertão, de Serra Talhada

José Mendonça (PFL-PE)Rádio Jornal do Comercio Brasil,TV Jornal do Comercio Brasil,Rádio Bitury Brasil

Luiz Gonzaga Patriota (PSB-PE)Rede Com. Vale das Uvas,Radio Sertânia FM,Rede de Com.

Átila Lira (PSDB-PI)Rádio Chapada do Corisco

Julio César Lima (PFL-PI)Rádio Boa Esperança, de Guadalupe

Mussa Demes (PFL-PI)Rádio Chapada do Corisco,Rádio Vale do Pajeú

Felipe Maia (PFL-RN) (Filho do Agripino Maia)Rádio A Voz do Seridó,Rádio Curimatau, de Nova Cruz,tropical Produções

Henrique Alves (PMDB-RN)Rádio Jardim do Seridó,Televisão Cabugi

Sandra Rosado (PSB-RN)Rádio Resistência, de Mossoró

Albano Franco (PSDB-SE)Rádio e Televisão de Sergipe S/A

José Carlos Machado (PFL-SE)FM Itabaiana

Elcione Barbalho (PMDB-PA)RBA – Rede Brasil Amazonia de TV,Rádio Clube do Pará,Rádio Carajás

Gerson Peres (PP-PA)Rádio Tocantins

Jader Barbalho (PMDB-PA)Rádio Clube do Pará PRC5,Belém Rádio Difusão,Carajás FM,RBA – Rede Brasil Amazônia de TV

Luciano Castro (PL-RR)Rede Tropical de Comunicação

Carlos Leréia (PSDB-GO)Rádio FM Serra da Mesa, de Minaçu,Rádio Difusora de Imbituba

Bonifácio Andrada (PSDB-MG)Rádio Correio da Serra, de Barbacena

Humberto Souto (PPS-MG)Rádio Educadora de Montes Claros,Rádio Educadora de Porteirinha

Jaime Martins Filho (PL-MG)Rádio Difusora Industrial, de Nova Serrana

João Magalhães (PMDB-MG)Rádio Concel

José Santana Moreira (PL-MG)Rádio do Vale Piracicaba FM


 Web Rádio Pietá www.radiopieta.org.br 
radiopieta@hotmail.com
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Abraço Fraterno
José