apoio cultural poderá ser realizado por entidades de direito privado e de direito público.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Anistia e reparação para as rádios comunitárias é aprovada pela CONFECOM .

A proposta da ABRAÇO Anistia dos processados e condenados por operarem rádios comunitárias sem outorga e criação de mecanismo para reparação das emissoras penalizadas foi aprovada pela I Conferência Nacional de Comunicação. A anistia é a restauração da dignidade de mais de cinco mil comunicadores populares condenados criminalmente por colocarem no ar emissoras a serviço de suas comunidades. A reparação das rádios que tiveram os equipamentos apreendidos significa o reconhecimento, por parte do Estado brasileiro, da existência de uma legislação injusta e discriminatória das emissoras comunitárias. Esta é uma grande vitória do movimento da radiodifusão comunitária e da ABRAÇO na luta pela descriminalização das rádios comunitárias.


CONFECOM aprova desburocratização das concessões de rádios comunitárias

 A proposta da ABRAÇO de desburocratizar as concessões de rádios comunitárias foi aprovada pelo Grupo de Trabalho 5 por mais de 80% dos votos e passou a figurar no caderno de resoluções da CONFECOM. O texto aprovado prevê a criação de Secretaria Nacional de Rádios e TVs comunitárias, com conselho de acompanhamento de autorizações, com a participação da sociedade civil; a abertura de aviso de habilitação nacional permanente, com prioridade para as regiões não atendidas pelo serviço, e o respeito aos pedidos históricos; a criação de uma lista única (na internet) dos processos, pela data de protocolo. Um processo só poderá passar na frente de outro anterior caso o requerente do processo não atenda as exigências de correção e/ou apresentação de documentos dentro dos prazos estabelecidos.
A proposta aprovada prevê a agilização na tramitação dos processos com a realização de concurso público para contratação de servidores para o setor responsável pelo licenciamento das emissoras comunitárias; a realização de mutirão para colocar em dia os processos que estão em tramitação no Ministério e o resgate dos processos de solicitação de outorga arquivados pelo Ministério das Comunicações.
Também foi aprovada a edição de Medida Provisória ou inclusão em norma técnica, de dispositivo antecipando a licença provisória de funcionamento, após conclusão da etapa do Relatório Final no Ministério das Comunicações, e a criação de representações estaduais do Ministério das Comunicações, o que facilitará o encaminhamento dos processos e o acompanhamento da sua tramitação pelas rádios comunitárias. Entre as propostas aprovadas na Conferência está a Garantia de canais em TV aberta para os canais comunitários, universitários, legislativos, e executivo-culturais e a participação das TVs Comunitárias no novo Canal da Cidadania, reservado para a União pelo Decreto 5820.


Aprovada a criação de fundo público para financiar a radiodifusão comunitária

A I Conferência Nacional de Comunicação aprovou a criação de Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Comunicação Comunitária. A proposta, apresentada pela ABRAÇO, vai viabilizar a implantação de rádios e TVs comunitárias. O Fundo deve atuar no financiamento, a fundo perdido, dos equipamentos necessários a instalação das emissoras e a digitalização das emissoras em operação. O Fundo utilizará recursos do Orçamento Geral da União, do FUST, e das taxas cobradas pela ANATEL.


CONFECOM aprova publicidade pública em Rádios Comunitárias

Foi aprovada a destinação de publicidade pública para as rádios comunitárias, com criação, pela SECOM, de editais específicos . O mesmo deve ser feito nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. A veiculação de publicidade institucional e de utilidade pública nas rádios e TVs comunitárias, também está entre as propostas aprovadas.


Descriminalização das rádios comunitárias foi referendada pela CONFECOM

A proposta de descriminalização das rádios comunitárias, aprovada pela I Conferência Nacional de Comunicação, representa uma vitória das emissoras comunitárias. A sociedade brasileira, representada na Conferência por mais de 1500 delegados, fez justiça a o serviço público prestado pelas rádios comunitárias, que tem sofrido uma campanha sistemática de criminalização por parte da ANATEL e da ABERT. A resolução aprovada garante segurança para o trabalho dos radiodifusores comunitários, que atuam na promoção cultural e na defesa das comunidades das periferias urbanas e das cidades do interior.


CONFECOM aprova o fim da cobrança do ECAD nas Rádios Comunitárias

A I Conferência Nacional de Comunicação aprovou, com mais de 80% dos votos do Grupo de Trabalho 4, o fim da cobrança do ECAD – Escritório Central de Arrecadação – para as rádios e televisões comunitárias. A decisão é um reconhecimento da luta histórica da ABRAÇO pelo fim da arrecadação de direitos autorais junto às rádios comunitárias. A Conferência, ao aprovar a proposta, reconhece o caráter público e não comercial das emissoras comunitárias, que atuam como divulgadoras da música brasileira, sem visar o lucro. A decisão da CONFECOM é um passo importante para garantir que a revisão da Lei do Direito Autoral, em discussão no Ministério da Cultura, contemple a isenção das rádios e tevês comunitárias.


Criminalização do jabá é apoiada pela  CONFECOM

A proposta, apresentada em conjunto pela ABRAÇO e pelo Movimento Música para baixar, que crimminaliza a pratica conhecida como jabá foi aprovada por mais de 80% dos integrantes do Grupo de Trabalho 5 da CONFECOM. O texto foi elaborado como emenda modificativa a uma proposta que regulamentava o jabá. Caso a proposta inicial fosse referendada estaria se consagrando uma pratica criminosa e antiética, que privilegia as grandes gravadoras em detrimento dos artistas independentes que não dispõem de recursos para "comprar" a excussão de suas músicas nas rádios comerciais.  A Ação rápida da ABRAÇO e do Movimento Música para Baixar evitou que o jabá fosse regulamentado e garantiu a sua criminalização. A proposta aprovada é uma vitória de ética no campo das relações culturais e artísticas.


CONFECOM defende os direitos civis femininos na mídia

A Conferência Nacional de Comunicação aprovou a proposta da ABRAÇO de Criar uma legislação para proteger a mulher da exploração da imagem e da vulgarização, garantindo os direitos civis femininos. A resolução é um passo para o respeito aos direitos humanos das mulheres por parte dos meios de comunicação. Agora cabe ao Congresso Nacional aprovar uma legislação que materialize a vontade da sociedade brasileira expressa na CONFECOM.


Ações afirmativas são contempladas pela CONFECOM

A aprovação da proposta da ABRAÇO de implantar uma política afirmativa que garanta a exibição de programas que abordem a cultura afro descendente e a garantia de um número mínimo de atores negros nas produções televisivas, considerando o percentual da população negra no conjunto da população brasileira. Esta iniciativa resgata a luta do povo negro por uma representação equânime na mídia e é um passo importante para mudar a imagem do negro na mídia. A implementação da proposta contribuirá para uma televisão mais representativa da diversidade étnica e cultural da sociedade brasileira.


Aprovada a proposta da Abraço de institucionalização das Conferências Nacionais de Comunicação

Redação Abraço

A I CONFECOM aprovou a institucionalização das conferências nacionais de comunicação por meio de Decreto Convocatório Federal. As Conferências devem ter ampla participação da sociedade, com representação tripartite e proporcional, com o objetivo de garantir que o processo de democratização das políticas públicas de comunicação, iniciado na I CONFECOM, tenha continuidade. As próximas edições da Conferência deverão ter a periodicidade de dois anos. A partir da próxima edição, a CONFECOM deverá ter etapas livres, municipais, intermunicipais, estaduais e distrital deliberativas. O texto aprovado teve como ponto de partida proposta apresentada pela ABRAÇO
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Conferência_de comunicação de _Niterói : Câmara, Prefeitura e Movimento Social criam GT de Comunicação .

A criação de um Grupo de Trabalho sobre Comunicação Social foi a principal decisão tomada na audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Niterói, no dia 8 passado. O GT será composto por representantes dos Poderes Legislativo e Executivo e do movimento social, incluindo o setor empresarial. A principal missão do grupo será analisar as propostas aprovadas na Conferência Municipal de Comunicação Social da cidade, objetivando transformá-las em leis municipais para o setor.
A audiência de terça-feira última serviu para a coordenação da Conferência Municipal entregar formalmente aos vereadores de Niterói um caderno com as resoluções do encontro de Comunicação Social, que aconteceu em agosto passado, na UFF. Fazem parte das propostas da Conferência a criação do Conselho Municipal de Comunicação, a implementação do Fundo Municipal de Comunicação Social, apoio a rádios e TVs comunitárias, novos critérios para distribuição de verbas públicas, reformulação da TV Câmara, abrindo espaço para os movimentos sociais, entre outros pontos.
A primeira reunião do GT de Comunicação da cidade está marcada para o dia 19 de janeiro, no auditório da Câmara. Dos 19 vereadores de Niterói, compareceram à audiência pública três parlamentares: o presidente da Casa, Paulo Bagueira (PPS); Renatinho (PSol) e Carlos Magali (PP).

Pelas informações, Fernando Paulino (Jornalista diplomado / Reg.
Prof. 13.689 – DRT-RJ--
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DEMOCRACIA em de Mato Grosso : Grandes debates marcaram a 1ª Conferência Estadual de Comunicação com moção de repudio e tudo ..

Participantes da Conferencia Estadual de Comunicação repudiam decisão do juiz Pedro Sakamoto que impede blogs Página do E e Prosa e Política de criticarem Riva

21/11/2009 - 09:32:00

Em moção aprovada no encerramento da Primeira Conferencia Estadual de Comunicação de Mato Grosso (a foto de Edson Rodrigues, mostra uma das rodas de debates que marcaram o evento) , os seus participantes, por unanimidade, aprovaram moção de repudio à recente decisão adotada pela Justiça de Mato Grosso, através da 13a. Vara Civel de Cuiabá, no sentido de impor censura prévia aos blogs Página do E e Prosa e Politica, impedindo-os de exercer sua critica no caso dos mais de 100 (cem) processos por improbidade administrativa que o atual presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, deputado José Riva (PP), responde perante a Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular e perante o Superior Tribunal de Justiça.
Em um dos trechos da moção, os cidadãos e cidadãs que participaram da Conferencia garantem que "a censura prévia afronta o dispositivo da Constituição Federal que assegura a mais ampla liberdade de expressão e manifestação, não só aos blogueiros citados mas a todos os cidadãos brasileiros, devendo os citados blogueiros, (se o deputado José Riva assim o entender), serem acionados na Justiça apenas em relação a seus possiveis excessos e de forma posterior às suas publicações, de acordo com as determinações legais".

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DEMOCRACIA : Grandes debates marcaram a 1ª Conferência Estadual de Comunicação
THAIZA ARAÚJO  Redação Secom-MT

Auditório lotado e muito debate marcaram a primeira edição da Conferência Estadual de Comunicação que iniciou na manhã da última quinta-feira (19.11) e finalizou nesta sexta-feira (20.11), nas dependências do salão nobre Cloves Vettorato, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. Durante o evento foram abordados vários assuntos como: Produção de conteúdo; Meios de distribuição; Cidadania: direitos e deveres.
Para o representante da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária em Mato Grosso (Abraço-MT) Geremias dos Santos, a Conferência foi um sucesso e marcou a história da Comunicação em Mato Grosso. "Pela primeira vez na história um evento rico discutindo o papel da Comunicação na sociedade. Apresentamos propostas cobrando melhor programação das televisões com caráter educativo, mais programa regional com a questão cultural e outros valores. A imprensa tem como contribuir para a melhoria da sociedade", ressaltou.
O representante da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso (CUT-MT), Josias Lemes Rodrigues disse que a Conferência foi um momento ímpar para discutir a comunicação e ainda questionou: "Como você sonha com a imprensa democrática? Queremos uma imprensa em que as notícias sejam levadas ao público de forma limpa já que o que se vê, fala e escuta na mídia passa por um processo de filtração", afirmou.
Segundo a empresária de um Jornal Impresso em Sorriso Marlene Destri, o evento foi altamente positivo. "A Conferência representa mudança na sociedade de como lidar com a comunicação. Foram apresentadas propostas com muito conteúdo e irão trazer retorno para os meios de comunicação", acrescentou Destri.
Além das discussões pelos representantes da sociedade civil, do setor empresarial e do poder público, o evento serviu também para a escolha dos 23 delegados que irão representar Mato Grosso na Conferência Nacional de Comunicação, em Brasília de 14 a 17 de dezembro.
De acordo com o presidente da Associação dos Jornais do Estado de Mato Grosso Francisco Bentinho e um dos delegados do setor empresarial, a proposta a ser defendida em Brasília é da democratização e interiorização da mídia. "A nossa proposta é que seja feita uma melhor distribuição da verba institucional do governo federal para os jornais de pequeno e médio porte nas cidades do interior do Estado", disse.
Para a jornalista Suzi Bonfim e uma das delegadas do poder público, a Conferência foi bastante positiva pela riqueza dos debates. "O que está levando daqui é a democratização de acesso de maior regulamentação no processo de concessão no eixo da comunicação em todo o país".
O secretário-adjunto de Comunicação, Onofre Ribeiro encerrou a 1ª Conferência Estadual de Comunicação "Estou impressionado com o nível da discussão. O governo está feliz pelo sucesso da Conferência. Valeu o esforço de todos", concluiu.

ELEIÇÃO
Do total de 23 representantes eleitos pelos membros de seus respectivos segmentos, 10 são da sociedade civil, 10 do setor empresarial e 3 do poder público, distribuídos conforme regimento da Conferência Estadual. Vale ressaltar que as propostas apresentadas serão enviadas à 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em Brasília de 14 a 17 de dezembro. A seguir a lista dos delegados eleitos em Mato Grosso:
 
Delegados eleitos pela Sociedade Civil
Vanderley Fransetto
Ana Angélica Werneck
Josias Lemes Rodrigues
Geremias dos Santos
Dafne Henriques Spolti
Alvaro Maranhão
Marcela Brato
Auremárcio Carvalho
Aberides Alves da Silva
Luiz Carlos José da Silva
 
Delegados eleitos pela Sociedade Empresarial
Edinaldo Socorro da Silva
Evaldo da Silva
Guilherme Luiz Teixeira Alves
Francisco Delmondes Bentinho
Lourival Inácio de Matos Júnior
Nilton Luciano Zanqueta
Marcelo Maranhão Baggio
José Roberto Amador
André Luis Ambrósio Pereira
Ana Cristina D´Assumpção

Delegados eleitos pelo Poder Público
Jonas da Silva
Lenita Violato Ferri
Maria Suzimar Bonfim


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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Movimentos Sociais divulgam carta contra intervenção federal no Pará .

O Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá é um dos signatários da carta que critica a forma como o poder judiciário paraense tem tratado a questão dos conflitos agrários no Estado e exige compromisso das instituições e dos poderes com a Reforma Agrária e as causas populares. Leia a carta.

CARTA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS EM DEFESA DA SOBERANIA DO ESTADO DO PARÁ

O Conselho de Entidades dos Movimentos Sociais (CMS) se solidariza com o poder Executivo e repudia firmemente a postura desigual com que a Justiça do Pará vem tratando a questão agrária no Estado, uma postura que acaba por legitimar e manter um modelo de exploração ilegal das terras e dos trabalhadores rurais.

Não é coerente que a mesma Justiça que se esmera em exigir reintegrações de posse feche os olhos para a grilagem de terras, que avilta há séculos o povo do Pará. È de conhecimento público que a grilagem de terras está associada também ao desmatamento ilegal, ao trabalho escravo e à violência no campo. Esta mesma Justiça vira as costas para o assassinato de lideranças e trabalhadores rurais, religiosos, parlamentares e defensores dos direitos humanos, cujos mandantes e executores continuam impunes. Lembremos sempre de Paulo Fonteles, Irmã Dorothy, Fusquinha, Expedito, João Canuto, João Batista e tantos outros lutadores.

Os dados da Comissão Permanente de Monitoramento, Estudo e Assessoramento das Questões Ligadas à Grilagem escancaram uma vergonha nacional: existem mais de 06 mil títulos de terra registrados nos cartórios estaduais com irregularidades. Somadas, essas terras representam quase um Pará inteiro em títulos falsos.

A comissão pediu anulação administrativa desses títulos e a Justiça do Pará ainda não assumiu sua responsabilidade. O próprio Governo do Estado pediu à Justiça anulação de 80 títulos. Nenhuma providência foi tomada pela Justiça até agora no sentido de moralizar e democratizar o acesso a terra. A comissão encaminhou o processo ao Conselho Nacional de Justiça, para tentar obter os avanços pelos quais os movimentos sociais lutam historicamente.

Lamentavelmente, é esta a Justiça do Pará que pede ao Supremo avaliar a possibilidade de intervenção federal no Estado, alegando que o Executivo descumpre ordens de reintegração de posse. O Governo do Estado, ainda que precise avançar nas políticas sociais, nessa área, tem demonstrado seu esforço por regularizar as terras de forma pacífica, em diálogo com os movimentos.

O povo do Pará e todos os movimentos sociais têm que mostrar sua bravura neste momento, pois somos contra quaisquer tentativas de intervenção que venham por em risco a soberania e a capacidade de organização social do povo paraense. Que estejamos unidos para defender este Estado e exigir o compromisso das instituições e dos poderes com a reforma agrária e as causas populares.

CONSELHO DE MOVIMENTOS SOCIAIS (CMS): CUT-Pa, Fetagri, Fetraf, Conam, MSTU, MOPS, MTST, Ammftimal, Gempac, Acbel, FMAP, NRP/MJP, Central de Movimentos Populares, Sindicato dos Urbanitários, Sindicato dos Bancários, Marcha Mundial de Mulheres, Círculo Bolivariano, MPUB, MEP.

Foto de Ilustração: Sebastião Salgado

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Sempre na luta pela Rádio Comunitaria e
a TV com sinal aberto

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO : Controle social e direitos humanos .

Por Washington Araújo em 17/11/2009

A realização da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) tem tudo para ser um divisor de águas sobre essa coisa fugidia e, poucas vezes tocadas, que é o controle público e social da comunicação. Este é o debate essencial, central e inadiável.

Há tempos queria adjetivar algo como essencial, como central, como inadiável. Essencial porque oferece um novo norte nas relações entre produtores e consumidores de informações, de notícias. Central porque evita dispersão para outros temas, também importantes, mas que sugam as energias da sociedade e são meras distrações do que realmente importa. Inadiável porque o Brasil já avançou em muitas áreas.

Vejamos: a população de uma Colômbia saiu da pobreza no Brasil para a influente classe média nos últimos seis anos; o rio São Francisco, não importando seu gigantismo, está mudando seu curso para enterrar séculos da famigerada indústria da seca (e penúria) a enfermar boa parte do Nordeste brasileiro; o Brasil há quatro anos é auto-suficiente em petróleo e descobriu há poucos meses reservas de petróleo no pré-sal em quantidade e valor de mercado jamais imaginados.

A par disso, o Brasil já ocupa a quinta posição de maior mercado para carros no mundo e já é percebido no exterior não como o "eterno" país do futuro a rimar com o verso do Hino Nacional – já tão caricaturado – na famosa estrofe "deitado eternamente em berço esplêndido". Sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, aliados à multiplicidade de cadernos especiais e capas de jornais e revistas influentes mundo afora a gritar em várias línguas que agora é a vez do Brasil... virou lugar comum.

Círculo virtuoso

Mas o que não avançamos – ou, se o fizemos, foi tão timidamente – concerne ao direito dos brasileiros à informação. O acesso às notícias e à produção das notícias. Por que não? Não avançamos, nem residualmente, na definição de critérios legais para publicidade oficial, a fim de promover a pluralidade e diversidade de veículos e impedir seu uso político tanto por governos quanto por meios de comunicação. E temos uma concentração monumental dos meios de comunicação – jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão, televisão a cabo, portais na internet – nas mãos uma meia dúzia de felizes empresários. Se essa meia dúzia de famosos sobrenomes se reunir em um restaurante de grife poderíamos dizer que ali estavam reunidos "os donos da mídia no Brasil".

Como os rios correm sempre para o mar e não há como deter essa inclinação natural do mais alto seguir para o mais baixo, constatamos que menos de 10% das verbas de publicidade oficial são dirigidas a veículos de baixa circulação, alternativos e livres. E, mesmo assim, os donos da mídia não perdem a oportunidade para demonizar em seus editoriais e nas penas de aluguel mais vetustas os males de o governo fazer suas publicações em jornais regionais ou locais, em emissoras de rádio paroquiais, em jornais de 3.500 ou 6.000 leitores.

É um círculo vicioso que não demonstra qualquer tendência a um dia vir a ser um círculo virtuoso. E já passa a pautar as novas mídias, as digitais, aquelas antenadas com a tecnologia de ponta. Aquelas do futuro, hoje.

Atenção da academia

Menos de uma década atrás, em dezembro de 2000, o Brasil contava com 9,8 milhões de usuários ativos na internet – de acordo com dados da Rede Nacional de Ensino Pesquisa (RNP), citando o Ibope eRatings e o serviço norte-americano Nielsen/NetRatings –, dos quais 4,8 milhões de usuários ativos (acessaram a internet pelo menos uma vez entre novembro e dezembro daquele ano).

A escassez e o alto custo de linhas telefônicas fixas limitavam o acesso dos internautas. Atualmente o país conta com 62,3 milhões de internautas segundo o Ibope Nielsen Online. Os brasileiros representam 5% do total de internautas do planeta, que já tem 1,6 bilhão de pessoas conectadas. O país supera o total de usuários de internet de todo o restante da América Latina somados. Os números são da consultoria Everis, que, em parceria com a IESE Business School, da Universidade de Navarra, e com base em estatísticas da União Internacional de Telecomunicações, avaliou 44 países.

Neste sentido a Conferência de Comunicação é muito bem-vinda. Daí sua necessidade. É preciso destravar o debate antes mesmo de ter sido iniciado. Os movimentos sociais precisam ser vistos como interlocutores dos meios de comunicação. Não como meros coadjuvantes, mas sim como protagonistas que na verdade são – afinal, o maior tesouro de uma nação é o seu povo, já afirmava o pensador Shoghi Effendi, em 1955. Considero importante dar voz às organizações da sociedade civil que defendem os direitos humanos.

A Conferência de Comunicação poderia também promover a conscientização dos meios de comunicação sobre a relevância de incluir a cobertura dos temas afetos aos direitos humanos em sua atividade jornalística regular, bem como a capacitação dos profissionais que atuam nos meios de comunicação para promover uma cultura de direitos humanos. Com certeza o assunto não pode ficar respaldado apenas na ação governamental via sua Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

Não me chamem de lunático por defender que os meios de comunicação considerem a temática dos direitos humanos para ocupar toda uma editoria. Assim como é comum termos editorias específicas para economia, política, esportes, cultura, comportamento, internacional etc., há que se promover parcerias no formato público-privadas visando a criação e a consolidação de cursos sobre o papel da mídia e a sua forma de pautar questões atinentes aos direitos humanos no cotidiano dos brasileiros. E o mesmo precisa ser feito para levar a discussão para os meios acadêmicos. As relações entre direitos humanos e meios de comunicação estão a exigir que a academia pense uma disciplina específica para isso em seus cursos de Comunicação Social.

Mundo a desvendar

Quando penso em direitos humanos não penso em utopias. Posso até ter a cabeça nas nuvens, mas quero os pés bem fincados no chão. São Thomas Morus que me perdoe. Isso me faz refletir que precisamos criar diferentes espaços para que o cidadão possa denunciar veículos de comunicação que violam os direitos humanos ou que induzam à sua violação, reforçando estereótipos racistas, preconceitos de classe, cor, gênero, intolerância e fanatismo religioso.

Na agenda da Confecom poderia constar artigos também de primeira necessidade como ferramentas que mensurem quão comprometidos com os direitos fundamentais da pessoa humana estão os meios de comunicação. Para sentir o chão duro da realidade somente mexendo nos bolsos dos donos da mídia. Que tal propor que a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) considere a inclusão de novo critério quando da aprovação dos meios de comunicação responsáveis pela comunicação institucional do governo?

A novidade seria criar mecanismos para mensurar o engajamento dos meios de comunicação que venham a participar de licitações públicas na promoção e difusão dos direitos humanos, bem como na denúncia de atos e fatos que denunciem os direitos estipulados na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Há todo um mundo a desvendar e a democratizar na seara da comunicação. E há que se avançar. É aí que veremos se chegou, realmente, a vez do Brasil.

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sábado, 14 de novembro de 2009

Plenária do Jornal Brasil de Fato - Ajude a construir a imprensa popular!

Apoio: as Rádios comunitárias


Nunca foi tão necessário construir uma outra mídia. Com o grau elevado de conservadorismo dos grandes veículos de comunicação, e a perseguição massiva aos movimentos sociais, torna-se urgente a sustentação das alternativas que temos.

Por isso, convocamos a todas e todos discutirem o jornal Brasil de Fato, no encontro dessa terça-feira. É muito importante sua presença, pelo fortalecimento do jornalismo crítico e comprometido e para a construção dos meios de comunicação comprometidos com a classe trabalhadora.

Data: 17 de novembro
Local: SEPE – Rua Evaristo da Veiga, 55 – 8º andar – Centro
Horário: 18h00


O COLETIVO DO CONSELHO EDITORIAL DO JORNAL BRASIL DE FATO, que ajuda a construir essa experiência de imprensa popular, alternativa e autônoma, está pedindo seu empenho, para contribuir e potencializar a construção de uma comunicação contra-hegêmonica da classe trabalhadora.
 
A experiência do Brasil de fato já dura seis anos. Nesse tempo, mantivemos viva a idéia de um jornal impresso, semanal, destinado a militância, que circulou regularmente todas as semanas, apesar de todas as dificuldades. Construímos uma Agência de Notícias de rádio, que produz informativos e programas e distribui para mais de 300 rádios comunitárias, públicas e comerciais. Construímos edições especiais, temáticas, com encomendas de movimentos sociais ou campanhas.   Nessas edições as tiragens têm variado de 200 mil até um milhão de exemplares.  As ultimas edições especiais, foram sobre agroecologia,  sobre o Nordeste, e  proximamente vamos editar um jornal especial sobre as conseqüências sociais dos projetos financiados pelo BNDES.

Temos uma pagina de noticias na internet, que tem acessos diários próximos a dez mil consultas. E temos um boletim semanal, que resume as principais matérias e noticias do jornal impresso enviado para mais de cem mil destinatários. Articulamos-nos e fazemos intercâmbio com diversos outros instrumentos de imprensa popular que estão sendo construídos no país, como a revista Caros Amigos, as agencias Adital e Agência Petroleira de Notícias, do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro. Com as páginas da internet, o Vermelho, Correio do Brasil, etc.

Mas tudo isso é ainda muito pouco, perante a hegemonia que as elites brasileiras têm sobre os meios de comunicação de massa no Brasil. Por isso é muito importante sua contribuição militante, para ajudar a fazer assinaturas do jornal impresso, que da direito a receber o boletim eletrônico e as noticias da Radioagência.
 
Contribua para manter a imprensa popular e militante.  Sem um verdadeiro mutirão de todos e todas é impossível resistir. Aproveite as festas de final de ano, para estimular um presente inteligente e duradouro para todo ano.

 

Coletivo do Brasil de Fato no Rio


Ivo Lesbaupin, Virginia Fontes, Vito Giannotti, Leon Diniz, Gaudêncio Frigotto, Ivan Pinheiro, Sandra Quintella, Leo Haua, Latuff,

Leandro Uchôas, Tobias, Achille Lollo, Mario A. Jacobskind, Marcelo Salles, Mirla Cisne, Cátia Guimarães, Aurélio Fernandes, MTD,

MST, Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino, Consulta Popular.

Por trás do Brasil de Fato estão os assinantes,

E dos assinantes, o trabalho de cada militante!



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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O PL nº 6.087/09, apresentado no final de setembro na Câmara pelo deputado Edson Duarte (PV-BA), cria a Contribuição para o Desenvolvimento da Radiodifusão Comunitária .

Por Venício A. de Lima
03/11/09

Durante o longo processo de negociação envolvendo representantes do Congresso Nacional, dos empresários e da sociedade civil que resultou na redação e aprovação do projeto que se transformou na lei nº 8.977 de 6 de janeiro de 1995 (a Lei do Cabo), um dos pontos polêmicos foi a inclusão dos chamados "canais básicos de utilização gratuita" e, em particular, dos "canais comunitários", abertos para "utilização livre de entidades não governamentais e sem fins lucrativos" [letra g) do artigo 23].

Os setores empresariais venceram parcialmente as negociações e a Lei do Cabo se omitiu inteiramente sobre os recursos para financiar a produção de conteúdo para os canais comunitários.

De onde as organizações da sociedade civil "tirariam" os elevados investimentos necessários para colocar e manter no ar tais canais?

Mais de doze anos atrás, publiquei no jornal O Tempo, de Belo Horizonte (22/1/1997, pág. 8), pequeno artigo escrito com o jornalista Paulino Motter, à época diretor da Fenaj – "TV a cabo e canais comunitários" –, no qual discutíamos a situação dos canais que, dois anos após a assinatura da lei, ainda tentavam "entrar no ar" e, sobretudo, propúnhamos a criação de um fundo público específico, com recursos oriundos, por exemplo, dos leilões para concessões dos serviços de TV a cabo, que viabilizasse a implantação dos canais comunitários.

Tal fundo nunca foi criado e são notórias as imensas dificuldades que até hoje enfrentam os heróicos canais comunitários que funcionam no país – resistindo a se transformarem, direta e/ou indiretamente, em comerciais ou meros retransmissores de programação "cedida" por canais comerciais.

Rádios comunitárias

Três nos após a Lei do Cabo, o Congresso Nacional aprovou também a Lei das Rádios Comunitárias (lei nº 9612/98). Além de seu aspecto restritivo e limitador, a norma não estabelece nenhuma fonte específica de recursos para as fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, que são as únicas entidades legalmente "competentes" para explorar os serviços de radiodifusão comunitária.

E, mais recentemente, quando a lei nº 11.652/2008 criou a EBC – Empresa Brasil de Comunicação, foi criada também a Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública, mas foram deixados de fora do financiamento desses recursos tanto os canais comunitários como as rádios comunitárias.

PL nº 6087/2009

Às vésperas da realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, a criação de fundos para a comunicação pública é uma reivindicação óbvia dos movimentos sociais e das entidades que há anos buscam a complementaridade entre os sistemas de radiodifusão – privado, público e estatal – como, aliás, manda a Constituição em seu artigo 223.

Coincidentemente aparece agora no Congresso Nacional um projeto de lei que também trata de resolver a questão. O PL nº 6.087/09, apresentado no final de setembro na Câmara pelo deputado Edson Duarte (PV-BA), cria a Contribuição para o Desenvolvimento da Radiodifusão Comunitária (CONDETVC), com o objetivo de financiar a radiodifusão comunitária prestada por qualquer meio ou tecnologia de comunicação, abrangendo tanto as rádios e televisões comunitárias como os projetos de
telecomunicações (ver, abaixo, íntegra do PL).

A CONDETVC seria proveniente da contribuição de empresas de rádio, televisão e de telecomunicações com 0,5%, 1,5% e 3%, respectivamente, de seu faturamento. Os recursos arrecadados seriam direcionados para o Fundo Nacional da Cultura, já existente e em funcionamento, e que tem entre suas finalidades o financiamento de atividades no setor de produção e de programação audiovisual.

Segundo a justificativa do PL, o faturamento anual das empresas de radiodifusão, estimado em R$ 11 bilhões, e das empresas de
distribuição de televisão por assinatura, estimado em R$ 6 bilhões, garantiria cerca de R$ 350 milhões anuais para a radiodifusão
comunitária.

Apoio da Confecom

A 1º Confecom não é deliberativa, mas propositiva. Espera-se, todavia, que as propostas por ela aprovadas sejam transformadas em projetos de lei pelo Executivo ou por deputados e /ou senadores.

Por outro lado, é necessário que se faça um levantamento dos projetos de lei já em tramitação no Congresso Nacional e que contemplam as reivindicações consensuais, por exemplo, da radiodifusão comunitária. O apoio da Confecom a esses projetos de lei talvez acelerasse a sua aprovação e, portanto, a solução de alguns dos problemas históricos das comunicações no país.

***                 Projeto de lei nº 6.087/09, de 2009

Cria a Contribuição para o Desenvolvimento da Radiodifusão Comunitária – CONDETVC.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta lei cria a Contribuição para o Desenvolvimento da Radiodifusão Comunitária - CONDETVC - com o objetivo de financiar a radiodifusão comunitária prestada por qualquer meio ou tecnologia de comunicação.

Art. 2º A CONDETVC terá por fato gerador a prestação dos seguintes serviços:

I - radiodifusão privada sonora;

II - radiodifusão privada de sons e imagens;

II - telecomunicações que se utilizem de meios que possam, efetiva ou potencialmente, distribuir conteúdos audiovisuais.

Art. 3º A CONDETVC será devida a cada ano pelos detentores de outorga para prestação dos serviços de que trata esta Lei e corresponderá aosseguintes percentuais sobre a receita bruta:

I - 0,5% (meio por cento) do faturamento para as empresas de que tratao inciso I do art. 2º;

II - 1,5% (um e meio por cento) do faturamento para as empresas de que trata o inciso II do art. 2º;

III - 3,0% (três por cento) do faturamento para as empresas de que trata o inciso III do art. 2º.

Art. 4º O produto da arrecadação da CONDETVC será destinado ao Fundo Nacional da Cultura de que trata a lei no 7.505, de 2 de julho de 1986 e alocado em categoria de programação específica, para aplicação exclusiva em atividades de fomento e de desenvolvimento de iniciativascomunitárias de produção e distribuição de conteúdos audiovisuais.

Parágrafo único. No mínimo, 30% (trinta por cento) da CONDETVC deveráser destinada a iniciativas de rádios e Televisões comunitárias estabelecidas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Art. 5º Aplicam-se à CONDETVC as normas do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972.

Art. 6º Esta lei entra em vigor no ano seguinte após a sua publicação.

Por Venício A. de Lima - Observatório da Imprensa

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Reflexões sobre a construção de contextos de análise no caso do rádio .

Fazer etnografia dos e nos media.

Reflexões sobre a construção de contextos de análise no caso do rádio
a ser realizada pelo antropólogo português Filipe Reis, no dia 13 de novembro, sexta-feira, às 15 horas, no auditório da CPM, campus da Praia Vermelha.

 

Filipe Reis é professor auxiliar no Departamento de Antropologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE/IUL) em Lisboa e investigador do Centro em Rede de Antropologia (CRIA). É autor do livro Educação, Ensino e Crescimento (1991, Lisboa: Escher) e da tese intitulada Comunidades Radiofónicas. Um estudo etnográfico sobre a radiodifusão local em Portugal. Os seus interesses centram-se atualmente na antropologia dos media, antropologia das sonoridades,estudos de tecnologia e estudos da rádio.  

 

Contribuição : Cláudio Salles 


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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Manuel Zelaya está na embaixada brasileira, em Honduras .

O presidente constitucional de Honduras, Manuel Selaya, manifestou, nesta terça-feira, que seu regresso ao país centroamericano, depois do golpe de Estado contra ele no dia 28 de junho, cumpre a obrigação de enfrentar o conflito que acontece em Honduras, produto da instalação de um governo golpista encabeçado pelo empresário Roberto Micheletti.
      Em entrevista concedida ao canal 11 da televisão local, retransmitida pela Telesur, Zelaya declarou que seu regresso a Honduras tem o objetivo de resolver, cara a cara, o conflito com aqueles que perpetraram o golpe de Estado. "Vim fazer o que é devido, o esgotamento dos elementos de intermediação faz com que se tenha que resolver cara a cara. Vim enfrentar o conflito com o grupo que deu o golpe de Estado, com o fim de resolvê-lo", sentenciou o chefe de Estado legítimo de Honduras.
      Meu retorno é um assunto de consciência, com responsabilidade pacífica, que é o que nos tem caracterizado sempre", disse Zelaya, cujo regresso se soube na segunda-feira, ao conhecer-se sua permanência na embaixada brasileira, em Tegucigalpa, capital hondurenha.
      O presidente constitucional de Honduras considerou que é necessário acabar com o isolamento do seu país na comunidade internacional, assim como com a crise política, social e econômica derivados do ataque à democracia, por parte dos golpistas. "Honduras não pode continuar nesta situação, isolada e condenada pelos organismos internacionais, com uma crise econômica, política e social tão profunda. O povo já sentiu o que é o ferro quente de uma repressão que não pode continuar", afirmou Zelaya. Ele agradeceu ao presidente brasileiro, assim como a seu chanceler, por permitir o que classificou como a abertura de portas para lutar pela democracia na América Latina.
      "Quero agradecer ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, governante da nona potência econômica do mundo, Brasil, igualmente ao chanceler Celso Amorim, que nos abriu as portas para lutar pela democracia hondurenha e da latinoamérica", ressaltou.
      Assegurou que já estabeleceu mecanismos de diálogo direto com setores empresariais do país que contribuíram com o golpe de Estado, pois os contatos com estas partes, até agora, haviam sido feitos através de intermediários. "Estamos começando a fazer aproximações de forma direta com estes setores, contactados até agora através de intermediários, com bons componentes que se prestaram a este assunto", detalhou Zelaya.
      Ele insistiu que tem sido sempre partidário de uma solução pacífica para o conflito, ao considerar que a repressão e a violência são métodos que deveriam estar abolidos em Honduras, depois de mais de 30 anos de democracia nesta nação centro-americana, até 28 de junho. "Não deveria ter havido, nunca, a violência, a repressão ou a morte. Estes são sistemas que foram abolidos, depois de mais de 30 anos de democracia. Por isso, regresso ao meu país, a dizer-lhes que reconstruamos a democracia, para dizer aos hondurenhos que a democracia é nossa e ninguém nos deve roubar".
      Explicou que sua volta se fez depois de 15 ou 16 horas de trajeto por diferentes caminhos, "mas aqui estou, vivinho e conversando". Disse que a notificação de seu regresso a Honduras provocou reações do governo de fato de Micheletti, que anunciou toque de recolher a nível nacional, assim como o fechamento de aeroportos.
      "Hoje estão saindo algumas notícias que visam intimidar o povo. Primeiro, um estado de sítio porque chegou o presidente que o povo elegeu para governar. Segundo, o fechamento dos aeroportos, para impedir a vinda do secretário geral da OEA (Jose Miguel Insulza) para resolver o conflito. É uma demonstração de que não querem resolver o conflito", enfatizou Zelaya.
      Ele recordou que o regime golpista de Micheletti busca realizar um processo eleitoral rechaçado pela comunidade internacional  (à  exceção do Panamá), o qual tenta impor por meio da perseguição das autoridades institucionais e o desterro do presidente eleito pelo povo.
      Disse haver participado de 12 processos eleitorais, antes de chegar à presidência de Honduras, mas questionou as intenções de um candidato à presidência que participe de uma eleição organizada por um regime golpista, que quebrou a institucionalidade em Honduras. "Tenho 12 campanhas eleitorais presidenciais em Honduras (...) Quando um grande setor está reprimido pelo governo, quando os ministros estão sendo perseguidos com ordens de prisão, quando o presidente eleito está exilado, ninguém reconhece o regime de processo eleitoral", sublinhou o mandatário legítimo.
     "Para que um candidato quer ser eleito? Para causar danos ao povo? Queremos eleições livres, onde todos possam participar", acrescentou.
Tradução – Eduardo Marinho
Neste momento, as forças de repressão do governo golpista cercam a embaixada brasileira, atacando a população que apoiava e aclamava seu presidente com bombas de gás, violência e prisões. (N.doT.)
      
Fonte - Telesur


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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Confecom entrenta impasse : Governo X Movimento social .

Atenção, o vídeo abaixo é de 2 de outubro de 2007, são dois anos de enrolação, embolação e  insolação, sem solução

www.youtube.com/watch?v=Y1eIOGlokWI 
 
Temos que propor intervenções mais acaloradas em nossas reuniões a partir de agora, com: uma  passeata dos movimentos em frente ao palâcio de LULA e o Ministério das  comunicações e arrebanhar o maior numero de deputados  defenssores da Conferência da Conferência já , com isso acredito  enpurrar as  respossabilidades da  conferência  ao governo , e  mais criminalizar o governo de pactuar com os  empresarios a  realização da Conferência
 
MARINA SILVA VEM AI ,   SEGURA ESSA LULA .
 
AVANTE CONFERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO .
 
Abraço RJ

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Nota da Abraço Nacional




Abraço - Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária convoca todas as Rádios Comunitárias do país para se juntarem às Comissões Pró-Conferência de seus estados e organizarem uma grande mobilização pela realização da Conferência Nacional de Comunicação verdadeiramente democrática.
Ratificamos a importância de uma conferência com a participação do governo, reresentantes dos movimentos sociais e empresários e até agora fizemos de tudo para que isso aconteça e se os empresários se recusarem a não participarem do processo é responsabilidade unica e exclusivamente deles e em nada afetará a legitimidade da Confecom.
Pois os empresá rios, em reunião na última quarta-feira (05/08/2009) , com ministros do Governo Lula deixaram nitída sua estratégia de tornar os prazos impraticáveis para a realização da Conferência este ano.
Os capitalistas da mídia solicitaram mais uma vez o adiamento por mais uma semana, para a aprovação do Regimento Interno.
A proposta de 40 % de delegados para a mídia comercial é uma afronta aos princípios da democracia que estamos construindo, por dar uma gigantesca representatividade para quem é uma parcela insignficante da população, contra a qual a Abraço se opõe radicalmente.
Também estão tentando reduzir o debate da Confecom com a apresentação de premissas que garantam uma Conferência exclusiva para discutir os interesses da Radiodifusão Comercial diante do Processo de Convergência Técnológica, sem o minimo de controle social e participação do estado na fiscalização do sistema privado de comunicação.
A Abraço reafirma a necessidade de uma Conferência ampla e democrática para permitir a regulamentação adequada dos artigos constitucionais que tratam da comunicação, os quais esperam, desde 1988, quando ela foi promulgada, para colocar este setor em ordem.
Mais exatamente, deverão ser tratados nesta I Confecom temas como:
(a) novo marco regulatório
(b) reorganização dos sistemas, com o fortalecimento dos sistemas estatal e público
(c) revisão das concessoões já fornecidas com mudanças constitucionais que garantam maior transparência nos processos de concessão e de renovação de concessão
(d) desenvolvimento de padrão de rádio digital
(e) dissolver o inconstitucional e impune oligopólio da mídia
(f) garantir um marco legal para internet para garantir os direitos dos usuários e não à censura na rede (AI-5 Digital)
(g) regionalização da produção
(h) espaço para produção independente
(i) controle público da mídia
(j) TV comunitárias no sinal aberto
(l) garantia da diversidade racial , cultural e religiosa na midia
(m) imediata instalação do Conselho de Comunicação Social o qual está inativo há mais de um ano.
Quanto aos assuntos referentes à comunicação comunitária, a Abraço defende intransigentemente, que a I Confecom aborde os seguintes temas:
(a) o fortalecimento da radiodifusão comunitária, enquanto sistema público não estatal
(b) as dimensões regulatórias necessárias como o processo de desburocratizaçã o para a execução de serviço
(c) aumento de potência para garantir a universalidade do acesso, repercutindo um conceito mais amplo de comunidade
(d) financiamento público, com a criação de um fundo, com percentuai s dos recursos que são gastos com públicidade pública no sistema privado, destinados para os os sistemas públicos e comunitários
(e) da anistia para quem foi condenado ou esteja em processo judicial, com a devolução do equipamnetos já apreendidos, em respeito à decisões que consideram a operação sem licença como uma falta administrativa apenas
(f) redistribuição dos canais de forma a garantir a complementaridade dos sistemas público, estatal e privado com destinação de 1/3 dos mesmos para cada segmento
(g) garantia de acesso à digitalização de forma subsidiada
(h) descriminalizaçã o do serviço de radiodifusão comunitária
(i) destinação de parte dos recursos publicitários poder publico e das estatais para as rádios comunitárias


Executiva Nacional

Josué Franco LopesCoordenador de Comunicação Abraço Nacional

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Anatel muda frequencias e fixa prazo para que as rádios façam as mudanças .

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES
ATO Nº 931 DE 25 DE FEVEREIRO DE 2009
RESOLVE:
A SUPERINTENDENTE EXECUTIVA DA AGÊNCIA NACIONAL DE
TELECOMUNICAÇÕES – ANATEL, no uso de suas competências, consoante o disposto no inciso
VIII do art. 189, do Regimento Interno da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL,

aprovado pela Resolução nº 270, de 19 de julho de 2001, e
CONSIDERANDO o disposto no art. 211 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997 – Lei
Geral de Telecomunicações, CONSIDERANDO o resultado da Consulta Pública nº 527, de 14 de maio de 2004,
publicada no Diário Oficial da União de 18 de maio de 2004, e da Consulta Pública nº 59, de 23 de dezembro de 2008, publicada no Diário Oficial da União de 24 de dezembro de 2008;
Art. 1º Proceder, no Plano Básico de Distribuição de Canais de Radiodifusão Sonora em
Freqüência Modulada – PBFM e no Plano de Referência para Distribuição de Canais do Serviço de Radiodifusão Comunitária – PRRadCom, as alterações indicadas no Anexo deste Ato.
Art. 2º Fixar os prazos a seguir, contados da data de publicação do presente Ato, para que as
emissoras cujas características técnicas ora estão sendo alteradas, apresentem, ao Ministério das
Comunicações, a documentação exigida pela Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica –
SSCE/MC para a regularização de suas novas condições de operação:
I – Emissoras em operação nos canais 207/E1 do Rio de Janeiro/RJ, 259/E1 do Rio de
Janeiro/RJ e 201/A1 de Nova Friburgo/RJ: 90 (noventa) dias;
II – Emissoras em operação nos canais 202/A4 de Volta Redonda/RJ, 257/A4 de Barra do
Piraí/RJ e 255E/E1 do Rio de Janeiro/RJ: 180 (cento e cinqüenta) dias;
III – Demais emissoras, inclusive as executantes do Serviço de Radiodifusão Comunitária:
270 (duzentos e setenta) dias.
Art. 3º O prazo para alteração de freqüência de que trata o artigo 2º será definido pelo
Ministério das Comunicações no ato de aprovação das novas características técnicas das emissoras.
Art. 4º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
SIMONE HENRIQUETA COSSETIN SCHOLZE
SITUAÇÃO ATUAL:
Localidade UF
MG Guidoval
MG Liberdade
RJ Araruama
RJ Barra do Piraí
RJ Casimiro de Abreu
RJ Mangaratiba
RJ Mendes
RJ Nova Friburgo
RJ Rio de Janeiro
RJ Rio de Janeiro
RJ Rio de Janeiro
RJ Sapucaia
RJ Silva Jardim
RJ Sumidouro
RJ Volta Redonda
SP Arapeí
SP Queluz
NOVA SITUAÇÃO:
Localidade UF
1. Alterações de canais no Plano Básico de Distribuição Canais de Radiodifusão Sonora em
Freqüência Modulada – PBFM: A N E X O
Limitação Para: Azimute (Graus)
358 a 016
305 a 320
249
Limitação Para: Azimute (Graus)
MG Guidoval
MG Liberdade
RJ Araruama
RJ Barra do Piraí
RJ Casimiro de Abreu
RJ Mangaratiba
RJ Mendes
RJ Nova Friburgo
RJ Rio de Janeiro
RJ Rio de Janeiro
RJ Rio de Janeiro
RJ Sapucaia
RJ Silva Jardim
RJ Sumidouro
Canal Classe
CCC
248
204
209
257 A4
C
A1
B1
C
252E
261E
253
201
207 E1
E1 255E
E1
CC
A4
C
CC
259
253
257
269
202
208
204
Canal Classe
CCC 298
207
265
255 A4
C
A1
B1
C
250E
269E
265
202
208 E1
E1
E1
CCC
257E
260
241
241
272
Observação ERP
(kW)
Observação ERP
(kW)
2
22ºS28’00”;43ºW50’00”
22ºS21’23”;42ºW34’00”
50,000 22ºS57’16”;43ºW14’15”
65,000
2,000 22ºS31’35”;44ºW07’11”
22ºS28’00”;43ºW50’00”
22ºS21’23”;42ºW34’00”
22ºS57’16”;43ºW14’15”

A4 204 RJ Volta Redonda
CC
207
225
SP Arapeí
SP Queluz
RJ RIO DE JANEIRO
254 Mesquita
3
22ºS31’35”;44ºW07’11”

2. Proposta de inclusão de canal no Plano de Referência para Distribuição de Canais do
Serviço de Radiodifusão Comunitária – PRRadCom:
3. Proposta de alteração de canais no Plano de Referência para Distribuição de Canais do
Serviço de Radiodifusão Comunitária – PRRadCom:

SITUAÇÃO ATUAL: RJ RIO DE JANEIRO
290 Aperibé
285 Araruama
230 Areal
290 Barra do Piraí
285 Barra Mansa
290 Belford Roxo
285 Bom Jardim
285 Bom Jesus do Itabapoana
290 Cachoeiras de Macacu
285 Cambuci
290 Cantagalo
285 Cardoso Moreira
285 Carmo
290 Casimiro de Abreu
290 Cordeiro
285 Duas Barras
290 Duque de Caxias
290 Engenheiro Paulo de Frontin
290 Guapimirim
290 Itaboraí
285 Italva
285 Itaperuna
290 Japeri
285 Laje do Muriaé
290 Magé
285 Mangaratiba
290 Maricá
290 Mendes
230 Miguel Pereira
290 Miracema
285 Natividade
290 Nilópolis
290 Niterói
4
285 Nova Friburgo
290 Nova Iguaçu
290 Paracambi
285 Paraíba do Sul
230 Paty do Alferes
288 Petrópolis
285 Pinheiral
290 Piraí
285 Porciúncula
285 Porto Real
285 Quatis
290 Queimados
290 Rio Bonito
285 Rio Claro
285 Rio das Flores
290 Rio de Janeiro
290 Santo Antônio de Pádua
290 São Gonçalo
290 São João de Meriti
285 São José de Ubá
285 São José do Vale do Rio Preto
285 Sapucaia
290 Saquarema
290 Seropédica
285 Silva Jardim
285 Sumidouro
290 Tanguá
290 Teresópolis
285 Três Rios
285 Valença
285 Varre-Sai
230 Vassouras
285 Volta Redonda

SITUAÇÃO PRETENDIDA: RJ RIO DE JANEIRO
199 Aperibé
254 Araruama
199 Areal
198 Barra do Piraí
198 Barra Mansa
254 Belford Roxo
199 Bom Jardim
199 Bom Jesus do Itabapoana
254 Cachoeiras de Macacu
199 Cambuci
199 Cantagalo
199 Cardoso Moreira
199 Carmo
199 Casimiro de Abreu
5
199 Cordeiro
199 Duas Barras
254 Duque de Caxias
254 Engenheiro Paulo de Frontin
254 Guapimirim
254 Itaboraí
199 Italva
199 Itaperuna
254 Japeri
199 Laje do Muriaé
254 Magé
198 Mangaratiba
254 Maricá
254 Mendes
254 Miguel Pereira
199 Miracema
199 Natividade
254 Nilópolis
254 Niterói
199 Nova Friburgo
254 Nova Iguaçu
254 Paracambi
198 Paraíba do Sul
254 Paty do Alferes
254 Petrópolis
198 Pinheiral
254 Piraí
199 Porciúncula
198 Porto Real
198 Quatis
254 Queimados
254 Rio Bonito
198 Rio Claro
198 Rio das Flores
254 Rio de Janeiro
199 Santo Antônio de Pádua
254 São Gonçalo
254 São João de Meriti
199 São José de Ubá
199 São José do Vale do Rio Preto
199 Sapucaia
254 Saquarema
254 Seropédica
254 Silva Jardim
199 Sumidouro
254 Tanguá
254 Teresópolis
199 Três Rios
198 Valença
199 Varre-Sai
254 Vassouras
6
198 Volta Redonda

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Memória da reunião dos GTs que que definiu o calendário das Conferencias regionais de comunicação no estado do Pará.

Vamos ficar atentos com as datas em cada região!!!!

RELATORIA – REUNIÃO COMISSÃO PRÓ-CONFECOM-Pa - 06/05/2009

Presentes: Enilson: FRC; Rosa: ACAO e Rádio Açai; Eduardo: ACAO;Junior: Rádio Guamá FM; Socorro Pereira: Secom da CUT; Carlos Pará:Revista PZZ; Laura Santana: PZZ; Gisela: Aluna da FAPAM; Larissa:Aluna da UFPa e representando a ENECOS; Acauã: Aluno da FAPAM;Luiz Cunha: Sindicato dos Radialista; Nagi: Sindicato dos Radialistas;Marcos Urupá - Intervozes

         Pauta:

1 – Avaliação da Sessão da Câmara

 Esta foi a a 3ª atividade da Comissão Pró- Conferência. O eventoi foi avaliado positivamente o Várias entidades estiveram presentes, mesmo com a chuva que caia na cidade. Tem-se que centrar força no evento da audiência da Assembléia Legislativa.  Os representantes dos Gt's de mobilização e comunicação devem ir na Assembléia Legislativa ver como está essa reunião.

As falas dos companheiros da mesa foram boas. Foi visto que mesmo achando que o tema é novo para os vereadores do PT, achou interessante que todos estavam lá. E demonstraram interesse em se apropriar do tema. Está claro que o processo está avançando, pois ações públicas como essa faz com que mais pessoas compareçam às reuniões.

1 – Finalização  dos Planos de Trabalho (Orçamentos)

·                                 Apenas dois grupos apresentaram os orçamentos: Comunicação e Mobilização. Estão faltando 3 orçamentos. (Infra, planejamento, projeto). Foi colocado que devemos mudar a metodologia de construção do orçamento. Foi criado um grupo de relações institucionais, que não funcionou e que a Sedect tem uma infra-estrutura que podemos usar a serviço da mobilização nos interior do Estado. Os estudantes se reunem aos sábados, e a conferencia foi colocada como proridade. Existe a vontade de vários estudantes participarem das reuniões e dos GT's da Conferência.

·                                 Os estudantes  presentes se comprometeram em reativar o endereço eletrônico para socializar as atividades da Conferencia ou até a criação de um Blog.

Encaminhamento: Até quarta-feira dia 13, na próxima reunião, fechar o orçamento para entregar para a governadora junto com o clipping de notícias.

2 – Discutir a plenária estadual:

Está agendada para Setembro, faltando precisar data. Sabe-se que será no Hangar.

3 – Calendários regionais

            Os calendários regionais serão feitos de junho até agosto. A estadual será em setembro. As plenárias serão feitas em:

          RMB e Marajó: 6 de junho.

          Regional Santarém: 20 de junho

          Regional Marabá: 11 de julho (sul e sudeste Pará)

          Regional Altamira: 8 de agosto

          Regional Castanhal: 22 de agosto

Obs: estima-se o mínimo de 100 participantes  por plenária regional

            Tem-se que ver agora os locais nos municípios onde as conferências regionais acontecerão.

4 – Ofício para a governadora para o decreto.

            Após o fechamento dos orçamentos, vamos fazer o ofício para a governadora, pedindo o Decreto que chamará a Conferência.

05 – Datas e horários das reuniões

·                                 Não houve a participação esperada nesta reunião no novo horário estabelecida (18:00 horas), chegou-se a conclusão de que deveremos manter o dia (quarta feira),  porém no horário das 16:30 horas


ABRAÇO REGIONAL SUL E SUDESTE - PA - BRASIL

 

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ata da reunião da Comissão Nacional Pró Conferência .

Data: 08 de maio de 2009

Presentes: Augusto Veit (Campanha pela Ética na TV – CDHM), Romário Schettino (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal), Ivan Moraes Filho (MNDH), Jonas Valente (Intervozes) , Anna Karina de Carvalho (Abepec), Fabio Senne (Andi), Celso Schroder (FNDC),Marcelo Inácio de Sousa (Agência Abraço), José Soter (Abraço), Andre Ricardo (Cojira), Fernanda Benvennitty, Toni Reis (ABGLT), Carlos Senna (Arpub), Sonia Hypolito (CLP), Leyberson Pedrosa (Projeto Casa Brasil), Caetano Ruas (Cultura Digital Minc/CNPQ), Sheila Tinoco O. Fonseca (Fenajufe), Simone de Moraes (Senado), Bráulio Costa Ribeiro (Intervozes e Arpub), Jacira da Silva (Mov. Negro Unificado), Marcio Araujo (CDHM), Lisandra Arantes (Abong), Marcus Elícius de S. Lima (PFDC/MPF), Jorge Bruno Souza, PFDC/MPF, Antonio Diniz Lopes (Amarc), Josiane Santana (Cultura Digital), Elisângela Karlinski (Marcha Mundial Mulheres), Carla Bezerra (Marcha Mundial Mulheres), Marcelo Arruda (Intervozes) , Rogério Tomaz Jr. (Intervozes) , Michael G. Gorman (Gab. Dep. Luiza Erundina Brasília), Jerônimo Pinto (Enecos), Caio Bruno (Enecos), Carolina Ribeiro (Intervozes) , Fernando Paulino (LapCom/UnB) .
Caráter da CNPC/Organização interna
Mais uma vez, o caráter da CNPC esteve em debate. Foi reafirmado seu caráter de mobilização e de pactuação de propostas de consenso da sociedade construídas em conjunto com as Comissões Estaduais a serem apresentadas à Comissão Organizadora. Não devemos antecipar a Conferência, mas é importante termos uma linha, pois a maioria das entidades quer um novo paradigma de comunicação. É importante que esses consensos também fiquem explicitados.
Optamos, mais uma vez, pela não mudança do nome pelo seu histórico e assimilação pelo conjunto do movimento.
Para não sobrecarregar um pequeno grupo, facilitar a interlocução e a sistematização das demandas/propostas que chegam das Comissões Estaduais e tocar o plano de mobilização da CNPC foi formado um grupo com caráter operativo: Augustino Veit (Campanha pela Ética), Caio Bruno (Enecos), Carolina Ribeiro (Intervozes) , Rogério Tomaz (pela CDHM), Caetano Ruas (Cultura Digital), Simone de Moraes (Senado), Marcelo Inácio (Abraço), Priscila Carvalho (CFP), Sheila Tinoco (Fenajufe).
Procedimentos internos e com as Comissões Estaduais/calendá rio
A CNPC passa a se reunir mensalmente em caráter ordinário, e extraordinariamente um dia antes das reuniões da Comissão Organizadora, de modo a azeitar os posicionamentos que serão defendidos de maneira unida pelas entidades da sociedade não empresarial que compõem a CO da Conferência.
Somente serão defendidas de maneira unida na CO as propostas que forem consensuadas nas plenárias das Comissões Estaduais e Nacional. Quando o consenso não for possível nas plenárias das Estaduais e Nacional, ou quando não for possível realizar plenárias das Comissões Estaduais e Nacional, tentaremos novamente consensuar as propostas nas reuniões ordinárias e extraordinárias da CNPC. Devemos todos fazer o maior esforço possível pelo consenso, pois a falta dele significa fragmentar a atuação da sociedade na CO.
Seria interessante que as Comissões Estaduais Pró Conferência também se organizassem para intervir nas Comissões Organizadoras Estaduais de forma semelhante à que a CNPC pretende intervir na CO Nacional.
É preciso fortalecer os canais de diálogo com as Comissões Estaduais. Além da lista, precisamos de outros momentos por videoconferência e presenciais para fortalecer a interlocução com os estados, potencializando a mobilização e a força das propostas a serem apresentadas na CO. Para tanto, a CNPC irá:
Disponibilizar sempre com antecedência a pauta de sua reunião nacional de modo que as estaduais possam contribuir por email para os debates em curso;
Realizar, após as reuniões ordinárias mensais, videoconferência para troca de informações, informes, repasse do que foi debatido na reunião nacional e esclarecimento de dúvidas.
Abrir fóruns no novo site para debatermos questões específicas.
Tentar viabilizar reuniões presenciais bimestrais e garantir pelo menos a realização de mais dois Seminários de Formação Nacionais.
Calendário
22 de maio – Plenária das Comissões Estaduais e Nacional
23 e 24 de maio – I Seminário de Formação CNPC (a confirmar)
05 de junho – Reunião mensal ordinária CNPC
08 de junho – Videoconferência mensal ordinária entre CNPC e Comissões Estaduais
Obs: As demais agendas serão definidas após a reunião na plenária do dia 22/05 e reunião da CNPC no dia 05/06/.
Posicionamento da CNPC em relação à portaria
Foi ponderado por várias entidades que as Comissões Estaduais e diversas organizações já se posicionaram em relação à portaria. Lançar uma carta poderia deslegitimar as entidades que estão na CO e que fazem parte da CNPC. É importante explicitar essa divergência já no primeiro dia de reunião da CO, mas não tirar uma posição pública, já que a composição da CO é batalha perdida. Encaminhamentos:
Não tirar carta de posicionamento público;
Sugestão de posicionar-se na primeira reunião acerca da composição da CO;
Solicitar que seja dado à suplência o direito de participar das reuniões da CO com direito à voz.
Agendar audiências com representantes do Executivo e Legislativo, buscando alianças no poder público para as questões importantes.
Seminário de Formação – 23 e 24 de maio
Surgiu na plenária do dia 16/04 a idéia de fazer um Seminário de Formação nos dias 23 e 24 de maio, aproveitando a presença das pessoas em Brasília para a plenária do dia 22/05. Foi enviado para a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese) um projeto de captação de recursos para o Seminário, que inclui recursos para a vinda de um representante por estado (passagem, alimentação e hospedagem), traslado, aluguel de espaço, registro e transmissão da atividade, entre outros. A Abong gentilmente cedeu seu CNPJ para captar o recurso e repassá-lo à CNPC. A resposta definitiva só virá na quarta-feira, 13 de maio. Há boas chances.
O grupo operativo fica responsável por definir uma primeira proposta de programação do Seminário, caso ele realmente aconteça, e enviar para a lista da Comissão Nacional assim que possível.
Debate sobre Metodologia e Temário/Novo prazo para envio de propostas
Em função do pedido de algumas Comissões Estaduais que ainda não haviam conseguido realizar o debate, o novo prazo para envio de propostas a serem sistematizadas para a plenária é 15/05. As propostas devem ser enviadas por email para: proconferencia. com@gmail. com
5.1 Sistematização do debate sobre metodologia
No debate sobre metodologia a idéia foi acumular um pouco mais a partir dos cinco pontos em que houve divergências na plenária do dia 16/04. Abaixo segue uma sistematização desse acúmulo, a partir do que foi apresentado, do debate do dia 16/04, da contribuição das estaduais e do debate da reunião da CNPC dia 08/05. Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Distrito Federal mandaram contribuições até o dia 07/05.
Legenda:
Proposta inicial da Comissão Nacional Pró Conferência – vermelho.
Polêmicas registradas na Plenária das Comissões Estaduais no dia 16/04 – azul.
Propostas das estaduais que chegaram até 07/05 – verde.
Argumentações e acúmulo do debate na reunião da CNPC, 08/05 – roxo.
Informe Brasília: Debate sobre metodologia será no dia 13/05.
a. Caráter
Não-vinculativo (não deve ser explicitado no documento)
Os que defendem o caráter vinculativo consideram que é preciso aproveitar este momento histórico para garantir que o poder público encaminhe as políticas definidas na Conferência. Os que defendem a não-vinculativas avaliam que há um risco em garantir uma obrigação de encaminhar já que a correlação de forças pode ser desfavorável.
Mato Grosso: “Defendemos que a Conferência NÃO seja deliberativa”.
Rio de Janeiro: Defesa do caráter vinculativo.
São Paulo: deliberativa.
Não houve debate sobre este ponto.
Esclarecimento: Todas as Conferências são deliberativas, ou seja, têm deliberações como resultado final. A diferença é o que se faz com essas deliberações. Nas Conferências de Saúde, por exemplo, as resoluções são automaticamente encampadas pelo poder público. Estas, estamos chamando de vinculativas. Na maioria das outras Conferências as resoluções têm caráter consultivo. Estas outras, estamos chamando de não-vinculativas. A nomenclatura pode ser outra, mas para os fins do debate que aqui se coloca adotaremos, por ora, essa nomenclatura.
b. Comissões organizadoras estaduais
A proporcionalidade deve seguir a da Comissão Organizadora Nacional, posição que pode ser revista a depender da composição do CO Nacional. Nos estados onde não houver representação do empresariado as vagas serão destinadas a representantes da sociedade.
Os que defendem não repetir avaliam que há estados onde podemos conseguir correlação de forças melhores do que a nacional. Os partidários da repetição consideram que pode haver proporcionalidade melhor nos estados, mas que isso é menos provável do que o inverso. Na maioria dos estados, se deixar aberto, pode resultar em uma correlação de forças mais desfavorável para os movimentos sociais.
Rio de Janeiro: Não repetir a composição da Comissão Organizadora Nacional.
São Paulo: Os GTs estaduais e distritais devem garantir a representação preferencial de movimentos que não têm representação nacional, devendo contemplar, em sua delegação, a diversidade quanto a raça, gênero, orientação sexual, etnia, etc.
Algumas pessoas defenderam que a proporcionalidade da Comissão Organizadora Nacional ficou ruim. É importante desfazer o erro, é importante fazer com que a representação seja melhor equilibrada. Outras pessoas consideraram mais produtivo que as COs Estaduais sejam o mais parecidas possível com a CO Nacional, pois o contrário poderia criar problemas de representação.
c. Etapas/Delegados
- Regionais (obrigatórias e não-obrigatórias)
- Estaduais (eletivas à nacional)
- Nacional
Etapas regionais e estaduais
Serão admitidas duas possibilidades de organização das Conferências Estaduais, cuja definição é uma prerrogativa da Comissão Organizadora estadual:
I - Com etapas regionais obrigatórias e eletivas;
II - Com etapas regionais não-obrigatórias e não-eletivas;
I - Nesta forma, o estado é dividido em regiões, que podem compreender municípios ou grupos de municípios. Cada região realizará, obrigatoriamente, uma etapa preparatória, obrigatória e eletiva. Esta terá a prerrogativa de elaborar propostas e eleger delegados à etapa estadual. Na estadual, os delegados eleitos na regional preparatória, obrigatória e eletiva, são aqueles aptos a participarem da elaboração e votação das propostas e da escolha dos delegados à nacional;
II - Nesta forma, o estado não é dividido em regiões que obrigatoriamente devem realizar etapas preparatórias obrigatórias e eletivas. As etapas regionais poderão acontecer, mas terão caráter de formação e preparação, apenas. A Conferência estadual passa a ser, assim, a única etapa eletiva daquela Unidade da Federação. Neste caso, todos os indivíduos que comparecerem ao evento poderiam votar e ser votados, respeitando a proporção entre os representantes de 75% da sociedade e 25% do poder público e de um minimo de 20% de representantes vindos do interior e um mínimo de 50% dos residentes na capital.
A conferência terá um total de 1500 delegados, sendo no máximo 75 (5%) natos. A divisão dos delegados por Unidade da Federação observará o critério populacional, preservando um número mínimo. Serão admitidos delegados natos desde que não ultrapassem 5% do total de delegados da Conferência. Serão admitidos também observadores, cuja participação obedecerá critérios definidos pela Comissão Organizadora Nacional.
A eleição de delegados nas etapas estaduais deverá observar a proporção entre sociedade e poder público de 75% e 25%, devendo cada um dos segmentos ser eleitos por seus pares. Naqueles estados que não optarem por etapas regionais obrigatórias, deverá ser respeitada a proporção de no mínimo 20% para representantes do interior e 50% de representantes da capital.
Os defensores de uma proporção por região (metropolitana e interior) argumentam que é preciso garantir representantes das duas áreas. Deixar sem este mecanismo pode fazer com que em um determinado estado uma articulação atropele e sobrerepresente uma determinada região daquela Unidade da Federação, em detrimento de outras. Os críticos afirmaram que a especificidade de cada estado é que deve dar o tom da eleição dos delegados, sendo ruim definir rigidamente a priori uma proporção para a região metropolitana e para o interior.
Rio de Janeiro: Proporção entre poder público e sociedade – 25% para o governo. Foi polêmica a questão de separar ou não um percentual para os empresários. A maioria optou por não separar
um percentual. O empresariado deve disputar com os demais setores da sociedade as mesmas vagas de delegados.
Minas Gerais: Etapas estaduais (representação / delegados): Caso as cidades do interior ocupem apenas parcialmente a cota das vagas reservadas para seus representantes (40%) as vagas restantes serão destinadas aos representantes da região metropolitana (e vice-versa).
São Paulo: As fases municipais e regionais serão abertas. As Conferências Estaduais e Distrital terão delegados/as eleitos nas etapas anteriores, mas serão abertas para observadores, com direito a voz. A Conferência Nacional será composta, fundamentalmente, por delegados/as; Cada Estado e o Distrito Federal deverão ter autonomia para decidir se realizarão etapas municipais e regionais, não estando a realização das Conferências Estaduais e Distrital vinculadas à realização prévia dessas etapas; A Etapa Nacional deve ter a perspectiva de contar com a participação de, pelo menos, 2 mil delegados/as. Destes, no máximo 16% devem ser de representação de empresários; A representação da sociedade civil na Conferência Nacional deverá levar em consideração a proporcionalidade da população dos Estados, podendo-se adotar, complementarmente, o sistema de cotas para determinados grupos, de modo a evitar-se uma super representação do empresariado.
É importante colocar a possibilidade das propostas serem construídas e apresentadas por meio de Conferências Livres e Conferências Virtuais.
Foi considerado baixo por algumas pessoas o percentual de 5% natos. Há grupos como os indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência que tem grande dificuldade de competirem por votos, mas que seria fundamental garantir a representação. Na Conferência de Direitos Humanos as cotas não funcionaram em alguns estados, tendo setores organizados ocupado quase todas as cotas destinadas a grupos com dificuldade de organização. Uma solução para isso pode ser garantir que quem tem direito a cota não pode disputar a eleição para delegado.
d. Produtos da Conferência
I - A Conferência Nacional terá como resoluções diretrizes, ações e moções, que serão encaminhadas ao poder público para implementação ou divulgação;
II - Cada Conferência Estadual deverá apresentar até 10 (dez) diretrizes e 30 (trinta) ações para serem debatidas como propostas na Conferência Nacional
III - O temário das Conferências Estaduais deverá respeitar o temário da Conferência Nacional, sendo a metodologia para discussão livre, desde que ao final cada Conferência apresente o número máximo estipulado de diretrizes e ações para serem debatidas como propostas na Conferência Nacional.
Os defensores da proposta da CNPC argumentam que se não houver limite pode haver um número muito grande de propostas, o que pode dificultar muito o debate e a votação na nacional e, na abundância, tirar o foco de pontos prioritários. Os críticos dizem que pelo fato de ser a primeira conferência, deve haver vazão para as demandas reprimidas dos setores sociais sem limite.
Minas Gerais: Cada conferência estadual deverá apresentar 15 (quinze) diretrizes e 50 (cinquenta) ações para serem debatidas como propostas na Conferência Nacional.
Rio de Janeiro: Sem limite de propostas.
Embora o número seja aleatório ele tem a finalidade de definir prioridades. Não podemos esquecer que algumas Diretrizes e ações serão definidas no âmbito local. Isso já daria vazão a um número grande de propostas que não iriam para a nacional.
Outras propostas de São Paulo para metodologia:
O ideal é a ampliação da Conferência para 4 dias, como tem sido a maioria das Conferencias Nacionais recentes.
As mesas deverão, na medida do possível, expressar diversidade de representação dos diferentes setores da sociedade civil e do Poder Público;
As Conferencias Municipais são importantes para ampliar o debate.
Em todas as etapas, deve-se visar à ampla participação de setores organizados ou não da sociedade, possibilitando o envolvimento de setores que anteriormente não estavam envolvidos diretamente nas discussões sobre o tema.
Calendário para realização das etapas:
MUNICIPAIS: JULHO E AGOSTO
ESTADUAIS: SETEMBRO E OUTUBRO
Temos maio e junho para desencadear processo local. Não é necessário longo período entra as estaduais e a nacional. Tempo somente para sistematização, organização logística e articulação.
A Comissão Nacional Pró-Conferência deve ter continuidade e sua permanência, mesmo após a formação da Comissão Organizadora oficial, deve ser garantida.
Precisamos pensar na organização de uma pré-conferência da sociedade civil um ou dois dias antes da Conferência Nacional.
5.2 Sistematização do debate sobre temário
Houve a tentativa de levantar os dissensos.
1) Lapcom/Intervozes
Pensando em questões que pudessem orientar os grupos de trabalho. É importante discutir a cadeia produtiva, mas para que as pessoas pudessem participar era preciso construir uma forma mais didática. Falar de provimento com a população afastaria a participação. As discussões de cadeia produtiva seriam feitas transversalmente.
2) FNDC
È muito semelhante. Não é só a questão da nomenclatura mais fácil. Depois podemos chamar do que quisermos. Há princípios fundamentais que devem orientar a Conferencia. O debate de princípios ficam em uma primeira mesa. A partir daí entramos em politicas publicas. Temos que dar conta dos meios. O que não aparece é a cadeia. Ou nós tornamos isso público ou vamos manter isso para nós.
3) Proposta de São Paulo (ANEXO I)
Pedem um dia a mais de conferência.
Colocam princípios em forma de GT.
Propõem que a ordem do debate seja: 1) Princípios 2) Políticas Transversais/ Eixos estruturantes 3) Meios.
4) Sugestões mais pontuais de outros estados:
Minas Gerais:
Propostas gerais (condução das discussões):
- Temas como financiamento e oligopólios devem ser inter-relacionados pela discussão de conteúdo (produção, diversificação e distribuição). Todos os temas relacionados com o conteúdo proporcionarã o avanços na discussão dos movimentos sociais com o empresariado. É importante manter um discurso coeso.
- Para todos os meios de comunicação definir percentual em termos de conteúdo e capital de origem internacional.
Propostas específicas:
TV comercial:
- Controle público/social do conteúdo incluir - (diversidade étnico-cultural e respeito aos direitos humanos)
- Proteção à criança e ao adolescente na televisão
TV's não comerciais:
- TV's Comunitárias - incluir - gestão, financiamento e programação, assim como é colocado para discussão das TV's públicas.
Internet:
- Regulamentação - marco legal
Proteção à criança e ao adolescente na internet
Mato Grosso
2 -Defendemos a discussão específica sobre alguns pontos:
- Políticos apresentadores de TV;
- Programas religiosos;
- Violência nos programas de desenho animado;
- Publicidade para crianças;
- Relações de gênero;
- Racismo;
- Grande número de franquias das rádios;
- Propaganda institucional (por exemplo, propagandas do poder público que ressaltam algumas melhorias feitas, sendo que essas ações são apenas obrigações e não tem necessidade de exibição)
- Exclusividade (Por que determinados veículos sempre tem exclusividade na cobertura de alguns eventos. O que isso gera? (Mais publicidade etc...)
Créditos, direitos autorais.
Reflexões

O debate sobre princípios já está colocado na Constituição Federal. Precisamos debater a regulamentação do que está posto.
Precisamos deixar uma redação clara no que toca a representação das minorias nos meios de comunicação: questão de gênero, étnico-racial, diversidade religiosa, etc.
O temário da Conferência nos estados não precisa ser o mesmo da Conferência Nacional. Toda Conferência tem um momento de discussão, de apresentação e de deliberação de propostas. Precisa definir o que é objeto de debate e deliberação.
É preciso ter claro onde estará o debate sobre regulamentação dos artigos 220 a 224.
Há temas transversais não tem que ser discutido separadamente.
Encaminhamento: Fusão das propostas LaPCcom/Intervozes e FNDC. Incorporação das sugestões das estaduais no que for possível e sistematização dos dissensos para a plenária.
Observação a posteriori: Chegou-se a uma proposta de consenso que será enviada para a lista o quanto antes.
Informes:
Nos dias 26 a 28 de maio, tem a etapa final. O segundo fórum está sendo entendido pelos participantes como instância para tirar propostas para a Confecom. Mais informações http://www.forumtvp ublica.org. br/
18 e 19 de maio acontece Seminário de Radiodifusão Pública.
PL do Direito à Informação Pública
ANEXO I – PROPOSTA DE SÃO PAULO PARA O TEMÁRIO
Proposta de São Paulo para o temário e os critérios organizativos da sociedade civil não empresarial na Conferência Nacional de Comunicação
Apresentação
A constatação que se generalizou na Comissão Paulista Pró-Conferência é de que não há diferenças essenciais entre as três propostas iniciais de temário, que podem tranqüilamente ser fundidas em uma só. A Comissão julgou, porém, serem necessários acréscimos, que passa a apontar.
Devemos, preliminarmente, introduzir na Conferência Nacional uma discussão conceitual sobre comunicação social. É importante que sejam discutidos os princípios mesmos da comunicação social, antes de entrar no debate dos eixos temáticos ou das questões específicas das mídias, para assim estabelecer os pontos fundantes do entendimento da comunicação como um direito humano fundamental.
Isso nos permitirá, no momento seguinte, ampliar e aprofundar o debate a partir de eixos transversais estruturantes, dentro da lógica de transformar a realidade atual para reconhecer direitos hoje inexistentes: o acesso ilimitado da população aos meios de comunicação, ao direito de informar e de ser informada, ao direito de reconhecimento das diferenças culturais/regionais etc. Em outras palavras, a democratização dos meios de comunicação social.
Nessa perspectiva, também, nenhum meio poderia ter como produto de sua programação, por exemplo, o fomento a qualquer tipo de violência, de preconceito ou de discriminação (de gênero, de orientação sexual, de etnia e outras).
A discussão conceitual e de princípios permitirá superar os limites hoje existentes ―– que excluem, marginalizam, invisibilizam seletivamente, reforçam estereótipos e são danosos à maioria da sociedade brasileira ― e romper, assim, com a tendência à manutenção do status quo.
De um modo geral, quanto ao temário, a Comissão Pró-Conferência de São Paulo propõe uma abordagem em 3 blocos:
1.Princípios (direitos humanos e questões gerais)
2.Temas transversais (ver abaixo)
3.Meios (conforme propostas já apresentadas por Lapcom, Intervozes e FNDC)
O bloco 2, de temas transversais, estaria dividido nos seguintes eixos:
1.Liberdade de expressão e acesso à informação e ao conhecimento (este ponto está diretamente relacionado ao item 3):
● criação e fortalecimento de mecanismos de garantia da liberdade de expressão, parâmetros para o exercício da liberdade de expressão fundados nos direitos humanos e na proteção à infância e adolescência, direito de resposta, direito de antena, acesso à informação pública e empresarial, propriedade intelectual, acesso à internet como condição de exercício da liberdade de expressão
2.Propriedade, concentração e regulação de mercado:
● limites à concentração de propriedade, definição de monopólios e oligopólios com a regulamentação do artigo 220 da CF, questões de propriedade cruzada (radiodifusão, imprensa e telecomunicações), participação do capital nacional e limites ao capital estrangeiro, limites à verticalização (especialmente na TV por assinatura e serviços convergentes) , concessões de rádio e TV, regras de ocupação de espectro na digitalização
3.Diversidade e pluralidade de conteúdo:
● estímulo à produção nacional, regional e independente, mecanismos de estímulo à pluralidade e diversidade, valorização da diversidade humana, parâmetros de conteúdo nos veículos objetos de concessão pública, direito de antena, garantia do caráter educativo, cultural e informativo dos meios de comunicação (regulamentação do artigo 221 da CF), classificação indicativa e mecanismos de proteção à infância e adolescência (v-chip, relação com faixas horárias etc.), neutralidade de rede na internet
4.Complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal e regime de exploração dos serviços:
●divisão do espectro entre os diversos sistemas, garantias e estímulo a meios comunitários e livres, regime de exploração de banda larga e celulares, gestão do sistema e das emissoras públicas
5.Órgãos reguladores:

● Definição de órgãos e instrumentos de regulação e fiscalização da radiodifusão, telecomunicações e publicidade, com participação social, delimitação das competências e funcionamento das agências ou órgãos reguladores
6.Participação e controle social:

● ampliação dos mecanismos de participação popular, fortalecimento e garantia do caráter deliberativo dos órgãos de controle social, estabelecimento de espaços de diálogo permanente com a população sobre os meios de comunicação e seus conteúdos, regulamentação do conteúdo publicitário (incluindo publicidade de alimentos, bebidas alcoólicas e outras drogas psico-ativas, publicidade dirigida a crianças)
7.Financiamento:
● garantir o incentivo à produção nacional, regional, independente e livre, relação entre publicidade e conteúdo, participação de capital estrangeiro, critérios de distribuição de publicidade oficial, uso de recursos públicos para estimular pluralidade e diversidade de meios e conteúdos, mecanismos de subsídio cruzado entre os serviços concessionários, financiamento dos meios comunitários e públicos, fundos públicos do setor de comunicações
8.Acesso e universalização dos meios de comunicação:
● políticas de universalização dos serviços de comunicação, em especial da banda larga, uso do FUST, inclusão digital, política de tarifas dos serviços pagos, acessibilidade às pessoas com deficiência.
9.Trabalho em comunicação e regulamentação profissional:
● direitos, garantias e condições de trabalho do trabalhador em comunicação. Formação e qualificação acadêmica e profissional.
Critérios para organização da Conferência
1.A I Conferência Nacional de Comunicação, bem como as Conferências Estaduais e Distrital preparatórias, terão caráter deliberativo;
2.Os GTs estaduais e distritais devem garantir a representação preferencial de movimentos que não têm representação nacional, devendo contemplar, em sua delegação, a diversidade quanto a raça, gênero, orientação sexual, etnia, etc.
3.O ideal é a ampliação da Conferência para 4 dias, como tem sido a maioria das Conferencias Nacionais recentes.
4.As fases municipais e regionais serão abertas. As Conferências Estaduais e Distrital terão delegados/as eleitos nas etapas anteriores, mas serão abertas para observadores, com direito a voz. A Conferência Nacional será composta, fundamentalmente, por delegados/as;
5.As mesas deverão, na medida do possível, expressar diversidade de representação dos diferentes setores da sociedade civil e do Poder Público;
6.Cada Estado e o Distrito Federal deverão ter autonomia para decidir se realizarão etapas municipais e regionais, não estando a realização das Conferências Estaduais e Distrital vinculadas à realização prévia dessas etapas;
10.As Conferencias Municipais são importantes para ampliar o debate.
11.Em todas as etapas, deve-se visar à ampla participação de setores organizados ou não da sociedade, possibilitando o envolvimento de setores que anteriormente não estavam envolvidos diretamente nas discussões sobre o tema.
12.A Etapa Nacional deve ter a perspectiva de contar com a participação de, pelo menos, 2 mil delegados/as. Destes, no máximo 16% devem ser de representação de empresários.
13.A representação da sociedade civil na Conferência Nacional deverá levar em consideração a proporcionalidade da população dos Estados, podendo-se adotar, complementarmente, o sistema de cotas para determinados grupos, de modo a evitar-se uma super representação do empresariado.
14.Calendário para realização das etapas:MUNICIPAIS: JULHO E AGOSTO ESTADUAIS: SETEMBRO E OUTUBRO.
Temos maio e junho para desencadear processo local. Não é necessário longo período entra as estaduais e a nacional. Tempo somente para sistematização, organização logística e articulação.
Questões de organização:
A Comissão Nacional Pró-Conferência deve ter continuidade e sua permanência, mesmo após a formação da Comissão Organizadora oficial, deve ser garantida.
Precisamos pensar na organização de uma pré-conferência da sociedade civil um ou dois dias antes da Conferência Nacional.
-- Carolina RibeiroIntervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Socialwww.intervozes. org.brwww.direitoacomunic acao.org. br